Celebra-se esta sexta-feira o 25.º aniversário do lançamento do telescópio Hubble para o espaço. É um quarto de século a fotografar o Universo e a recolher dados que ajudem a perceber o cosmos. O online da RTP foi falar com Rui Agostinho, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, para conhecer melhor este telescópio.
A pairar acima da atmosfera, a aproximadamente 550 quilómetros da superfície terrestre e a uma velocidade de cerca de oito quilómetros por segundo, o Hubble é um telescópio espacial que capta imagens do Universo (no espectro de luz visível e uma pequena porção no espectro infravermelho) com uma nitidez muito superior às imagens dos telescópios que se encontram na Terra.
Porquê? Porque a luz proveniente das estrelas e galáxias não tem de atravessar a atmosfera e por essa razão não sofrem de dispersão luminosa.
Porquê? Porque a luz proveniente das estrelas e galáxias não tem de atravessar a atmosfera e por essa razão não sofrem de dispersão luminosa.
O que permitiu ao Hubble captar imagens durante tanto tempo?
Cientes da constante evolução tecnológica, os criadores do Hubble anteciparam a obsolescência da electrónica que integra o telescópio e criaram um sistema que permitisse a substituição dos vários elementos que compõem o sistema de câmaras fotográficas.
Como contribuiu o Hubble para a ciência?
Por estar acima da atmosfera terrestre, a luz que o Hubble capta não sofre qualquer efeito de dispersão luminosa e as imagens que produz são, por esse motivo, muito mais nítidas que aquelas produzidas pelos telescópios terrestres. Isto permitiu que os investigadores aprofundassem o conhecimento ao nível das ciências planetárias. Ainda que com uma qualidade inferior à das sondas planetárias, mas o Hubble tem a vantagem de ser menos dispendioso na missão que executa.
Como se destacou o Hubble?
As imagens extremamente nítidas produzidas pelo Hubble permitiram aos investigadores ver, por exemplo, pela primeira vez com muito detalhe os "Pilares da Criação", um aglomerado de gases e poeiras, um autêntico berço de estrelas. Outro sucesso conseguido através do Hubble foi o "Space Deep Field", em que o telescópio espacial esteve a captar uma um ponto no universo, durante vários dias, registando as galáxias mais afastadas que alguma vez foram vistas.
O que reserva o futuro para o Hubble?
Com a evolução da instrumentação em astrofísica e o aprefeiçoamento da banda de infra-vermelhos, os novos telescópios já não deverão trabalhar no espectro visível. O James Webb Space Telescope (JWST), o próximo telescópio que a NASA que será lançado para o espaço (2018-20), será bem maior e conseguirá captar mais luz que o Hubble. Mas ao contrario deste último se houver um problema como aconteceu com o Hubble, o JWST não poderá ser reparado devido à longa distancia que estará da Terra (1,5 milhões de Kms - 2,5 vezes a distância Terra - Lua).
Ter o Hubble em casa
Ter uma réplica do Telescópio espacial Hubble em casa passa a não ter desculpa a partir de agora. A NASA disponibilizou um “pdf” onde encontramos partes do Hubble que depois de recortadas e coladas, criam uma magnífica réplica tridimensional à escala 1:48 do telescópio espacial.
Basta para isso descarregar o “link” que o online da RTP aqui disponibiliza.
Monte o Telescópio Espacial Hubble
Exemplo do modelo do Hubble depois de montado
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