Mundial de andebol. Portugal nas "meias" frente à Dinamarca

por Mário Aleixo - RTP
Os portugueses foram mais acertivos na hora de rematar à baliza Stian Lysberg Solum - Lusa

Portugal continua a fazer história no Mundial de andebol, juntando-se em Oslo, para as meias-finais, ao grupo de ilustres em que já estavam Dinamarca, França e Croácia, todos já campeões mundiais da modalidade.

A caminhada dos "heróis do mar" precisou de prolongamento, contra a Alemanha, para assegurar a vitória por 31-30, com o golo decisivo, de Martim Costa, a três segundos do fim.

Os lusos já tinham assegurado na ronda anterior o seu melhor registo de sempre, que agora melhoram para um sensacional top-4, defrontando nas "meias" a tricampeã em título, que mais cedo bateu com clareza o Brasil, por 33-21.

A primeira meia-final do Mundial, já na quinta-feira, tem como protagonistas a vice-campeã mundial e detentora do título europeu, França, e a anfitriã Croácia, que, na terça-feira, em Zagreb, afastaram, respetivamente, o Egito (34-33) e a Hungria (31-30).

Um dia depois, em Oslo, Portugal terá frente à Dinamarca a sua tarefa de longe mais complicada. A seleção portuguesa terminou invicta no seu grupo a fase preliminar e na ronda principal só empatou com a Suécia, pelo que passa a ter seis vitórias e um empate.
A Alemanha, medalha de prata nos Jogos Olímpicos Paris2024 e quarta classificada no Euro2024, procurava regressar ao lugar mais alto do pódio, que ocupou pela última vez em 2007, mas, num ápice, viu-se a perder por 5-1, tendo de "suar" muito para regressar na eliminatória e forçar o empate.

Muito ficaram a dever os germânicos ao seu guarda-redes Andreas Wolff - o melhor jogador da partida -, que muito defendeu e adiou a queda da sua equipa, claramente menos confiante no final.

Portugal entrou muito bem, chegou a 5-1 e ao intervalo com a mesma diferença, com o marcador a assinalar 13-9. Na segunda parte, os alemães recuperaram, pouco a pouco, até ao 26-26 que forçou o prolongamento.

O jogo continuou equilibrado, podendo "cair" para os dois lados, até três segundos do fim, no último ataque luso, com Martim Costa a conseguir fixar o resultado histórico, de longe o ponto mais alto do andebol português.
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