Os enfermeiros deram início a uma greve de dois dias pela "valorização e dignificação" da classe profissional e que ficou agendada apesar da marcação de um calendário de negociações com o Governo sobre 15 reivindicações.
De acordo com o SEP, os objetivos desta paralisação prendem-se essencialmente com a valorização e a dignificação dos enfermeiros. A estrutura sindical reivindica o descongelamento das progressões, com a contagem dos pontos justamente devidos a todos os enfermeiros, independentemente do tipo de contrato de trabalho.A ação de protesto dos enfermeiros deverá afetar os serviços de internamento dos hospitais, embora estejam garantidos serviços mínimos.
A contratação imediata de 500 enfermeiros e de outros mil entre abril e maio é outra das reivindicações, assim como "a ocupação integral dos 774 postos de trabalho colocados a concurso" para as Administrações Regionais da Saúde (ARS).
Do caderno de reivindicações destes profissionais consta ainda o pagamento do suplemento de 150 euros e a passagem das 40 para 35 horas semanais de trabalho dos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho.
No início de março, ao anunciar que a greve iria por diante, a presidente do SEP, Guadalupe Simões, sublinhava em declarações à agência Lusa a urgência da entrada de novos enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde.
"Sem isto não há condições para não fazermos esta greve", afirmava então a dirigente sindical.
"Os enfermeiros estão confrontados com uma série de problemas e a inércia do Ministério da Saúde agravou esses problemas. Não aceitamos mais esta situação de protelar, protelar, protelar", acrescentava.
c/ Lusa