Escola secundária de Monção terá aquecimento "dentro de dias" - Direcção Regional

por Agência LUSA

A Direcção Regional de Educação do Norte garantiu que "dentro de dias" o sistema de aquecimento da Escola Secundária de Monção já poderá funcionar, porque já está acordado com a EDP o reforço da potência eléctrica.

"O assunto está perfeitamente enquadrado, pelo que temos a certeza de que, quando o frio começar a apertar, aquela comunidade escolar poderá ligar normalmente o aquecimento, sem problema de qualquer espécie", disse à Lusa o director regional adjunto de Educação do Norte.

Casimiro Rocha disse ainda que o problema de falta de dinheiro para a instalação de uma nova baixada eléctrica "nunca se colocou", e que o processo só conheceu um "ligeiro" atraso devido a um erro burocrático detectado na proposta da EDP.

"Neste momento, está tudo acertado, ou seja, só estamos dependentes da EDP", acrescentou, frisando que "ainda nenhuma escola" daquela zona do Alto Minho teve necessidade de ligar o aquecimento.

O presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária de Monção, Joaquim Lobo Pereira, criticara hoje a impossibilidade de ligar o aquecimento, por ainda não terem sido desbloqueados os cinco mil euros necessários para a instalação de uma baixada eléctrica.

"É uma situação incrível, até porque, além do aquecimento, a falta dessa baixada impede também o funcionamento dos alarmes de segurança e das aulas de informática", referiu.

Joaquim Lobo Pereira disse que já enviara dois ofícios à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) a dar conta da situação, mas ainda não obteve qualquer resposta.

A "insólita" situação arrasta-se desde Fevereiro, altura em que acabaram as obras de remodelação da escola, que incluíram a instalação de aquecimento central em todas as salas de aula e pavilhões.

"Era uma medida mais do que necessária, já que a escola se situa junto ao rio Minho, numa zona de muito frio.

Agora temos aquecimento, mas não o podemos ligar, porque a potência eléctrica não é suficiente. Precisamos de uma nova baixada, que custará cerca de cinco mil euros, mas a EDP só a instala se houver garantias de pagamento", acrescentou.

Para o responsável da escola, o problema do frio afecta os 511 alunos do estabelecimento de ensino e, de forma particularmente intensa, os cerca de 100 que ali estudam à noite.

"A escola chega a parecer uma arca frigorífica, mas, enquanto não temos luz verde da DREN, o remédio é irmos batendo o dente e esfregando as mãos", ironizou Joaquim Lobo Pereira.

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