Eleições EUA. As reações dos líderes internacionais à vitória de Trump
Donald Trump declarou vitória nas eleições presidenciais e depois disso começaram a chegar, de todo o mundo, as reações ao regresso do ex-presidente à Casa Branca.
Mais tarde, quando a eleição de Trump estava praticamente assegurada, o primeiro-ministro húngaro voltou a mencionar as eleições norte-americanas, afirmando que este “é o maior regresso da história política dos EUA”.
"Parabéns ao presidente Trump pela sua enorme vitória. Uma vitória muito necessária para o mundo", disse Órban numa mensagem publicada na rede social X.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também já reagiu, saudando “o maior regresso da história”. Na rede social X, Netanyahu disse que o regresso de Trump à Casa Branca “oferece um novo começo para a América e um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.
Também os ministros de extrema-direita do Governo do primeiro-ministro israelita comemoraram a presumível vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.
O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, felicitou Trump e disse que juntos vão “fortalecer a aliança EUA-Israel, trazer de volta os reféns e permanecer firmes para derrotar o eixo do mal liderado pelo Irão”.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, escreveu no Twitter: "Sim! Deus abençoe Trump". Já o ministro das Finanças, Bezalel Smitrich, disse: "Deus abençoe Israel, Deus abençoe a América".
O Hamas, por sua vez, disse que Trump será testado e afirmou que o “apoio cego” dos EUA a Israel “deve acabar”.
“Este apoio cego à entidade sionista deve acabar, porque ocorre à custa do futuro do nosso povo, bem como da segurança e estabilidade da região”, disse Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas, à AFP.
"Pedimos que Trump aprenda com os erros de Joe Biden", disse outra fonte do Hamas à agência Reuters.
O Governo iraniano declarou-se, por sua vez, indiferente à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas e mantém que as relações entre os dois países não vão mudar.
A porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, afirmou que "a eleição do presidente dos Estados Unidos da América não tem qualquer ligação clara com o Irão. As políticas gerais dos Estados Unidos e do Irão são políticas fixas".
A porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, afirmou que "a eleição do presidente dos Estados Unidos da América não tem qualquer ligação clara com o Irão. As políticas gerais dos Estados Unidos e do Irão são políticas fixas".
"Considerando a história das sanções nas últimas quatro décadas, o Irão enfrentou-as e não está preocupado com uma reeleição de Trump, pois não houve qualquer diferença com a outra pessoa [o atual presidente, Joe Biden]", disse, antes de acrescentar que "as sanções fortaleceram o poder interno do Irão, que tem a capacidade de lidar com novas sanções".
O presidente ucraniano também congratulou Trump pela sua “notável vitória eleitoral”.
"Eu aprecio o comprometimento do presidente Trump com a abordagem «paz pela força» em assuntos globais. Este é exatamente o princípio que pode praticamente trazer a paz justa para a Ucrânia", disse Volodymyr Zelensky na rede social X.
“Estamos ansiosos por uma era de uns Estados Unidos da América fortes sob a liderança decisiva do Presidente Trump. Contamos com o apoio bipartidário forte e contínuo para a Ucrânia nos Estados Unidos”, acrescentou.
Do lado russo, o Kremlin disse que Vladimir Putin não tem intenções de felicitar Trump. "Não sei nada sobre um plano do presidente (russo) para felicitar Trump pela eleição. Não esqueçamos que estamos a falar de um país hostil que está direta e indiretamente envolvido numa guerra contra o nosso Estado", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em referência ao conflito na Ucrânia.
"É praticamente impossível que as relações se deteriorem ainda mais. Elas estão no nível mais baixo de todos os tempos. Quanto ao que pode acontecer, tudo dependerá da liderança americana", disse Peskov, acrescentando que o Kremlin vai avaliar Trump “com base em ações concretas”.
“Veremos o que acontece em janeiro”, disse, referindo-se à data da tomada de posse do próximo presidente dos Estados Unidos.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também já parabenizou o seu “amigo” Donald Trump."É praticamente impossível que as relações se deteriorem ainda mais. Elas estão no nível mais baixo de todos os tempos. Quanto ao que pode acontecer, tudo dependerá da liderança americana", disse Peskov, acrescentando que o Kremlin vai avaliar Trump “com base em ações concretas”.
“Veremos o que acontece em janeiro”, disse, referindo-se à data da tomada de posse do próximo presidente dos Estados Unidos.
“Espero que as relações Turquia-EUA se fortaleçam, que as crises e guerras regionais e globais, especialmente a questão palestiniana e a guerra Rússia-Ucrânia, cheguem ao fim; acredito que mais esforços serão feitos para um mundo mais justo”, escreveu Erdogan no X.
A China disse que continuará a trabalhar com os Estados Unidos com base no “respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para ambas as partes”, disse um porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning.
"A nossa política em relação aos EUA é consistente", frisou.
Reações na Europa"A nossa política em relação aos EUA é consistente", frisou.
Do lado europeu, uma das primeiras reações chegou de França. O presidente Emmanuel Macron deu os parabéns a Donald Trump e disse estar pronto para trabalhar com o republicano.
“Estamos prontos para trabalhar juntos, como fizemos nos últimos quatro anos. Com as suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”, escreveu Macron no X.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também parabenizou Trump pela sua “vitória histórica”. “Estou ansioso para trabalhar consigo nos próximos anos. Como aliados mais próximos, estamos ombro a ombro na defesa dos nossos valores compartilhados de liberdade, democracia e empreendedorismo”, escreveu Starmer no X.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também saudou Trump, salientando que a “Itália e os EUA são nações “irmãs”, ligadas por uma aliança inabalável, valores comuns e uma amizade histórica”.
“É um laço estratégico, que tenho certeza de que agora fortaleceremos ainda mais”, vincou Meloni, numa mensagem partilhada no X.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, também felicitou Trump na rede social X. “A Alemanha e os EUA têm trabalhado juntos com sucesso por um longo período de tempo para promover a prosperidade e a liberdade em ambos os lados do Atlântico. Continuaremos a fazê-lo para o benefício dos nossos cidadãos”, escreveu.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também felicitou Trump, afirmando que os dois vão “trabalhar nas nossas relações bilaterais estratégicas e numa forte parceria transatlântica”.
O secretário-geral da NATO disse ter já transmitido as suas felicitações a Donald Trump. “A sua liderança será novamente essencial para manter a nossa Aliança forte. Estou ansioso para trabalhar com ele novamente para promover a paz por meio da força através da NATO", disse Mark Rutte na rede social X.
O seu antecessor, Jens Stoltenberg, também felicitou Trump pela sua vitória, recordando que no seu primeiro mandato, a relação de trabalho entre os dois “focou-se em reforçar a segurança transatlântica e adaptar a NATO para o futuro”.
“Num mundo de crescente instabilidade, uma liderança forte dos EUA continua essencial”, salientou.
A presidente da Comissão Europeia felicitou “calorosamente Donald Trump pela sua eleição como 47º presidente dos Estados Unidos da América”.
“Estou ansiosa para trabalhar com o presidente Trump novamente para promover uma forte agenda transatlântica”, disse Ursula von der Leyen.
"Vamos trabalhar juntos numa parceria transatlântica. Milhões de empregos e biliões em comércio e investimento em cada lado do Atlântico dependem do dinamismo e estabilidade de nossa relação económica", salientou.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse que “a Europa está pronta para cooperar enquanto enfrentamos desafios geopolíticos sem precedentes e para manter o vínculo transatlântico forte, enraizado nos nossos valores compartilhados de liberdade, direitos humanos, democracia e mercados abertos”.