Formou-se em medicina desde 1909 foi-lhe atribuída uma comissão de capitão no corpo médico do CEP. Em princípios de 1918 foi gaseado enquanto prestava assistência a soldados feridos.
Mais tarde opôs-se ao Estado Novo e, no princípio dos anos 30, exilou-se em Espanha onde apoiou a jovem república até o General Franco tomar o poder após uma longa guerra civil. Cortesão escapa para França, mas é obrigado a regressar a Portugal em 1940 após a invasão alemã.
Com outros republicanos portugueses é preso mal chega ao país. Libertado em 1941 retira-se para o Brasil onde vai viver até 1957, quando volta a Portugal morrendo em 1960.
Nesta gravação, realizada em 1958, Jaime Cortesão recorda o facto de se ter oferecido como voluntário para o CEP e também o de ter sido gaseado.
Arquivo RTP
Desenho feito por Jaime Cortesão do local onde dormia na frente de batalha. Pode ler-se no topo da página: “O fundo do meu abrigo. De canto as duas camas, sendo a minha a marcada com o sinal X. Ao fundo um móvel de madeira e (…) um tosca mesa-de-cabeceira feira de pinho”.
(Imagens cedidas por Luísa Cortesão)