A artilharia e as metralhadoras

A I Guerra Mundial aconteceu num momento em que as inovações tecnológicas chegaram de forma massiva ao armamento. A revolução industrial permitiu a criação de novas máquinas de guerra e o aperfeiçoamento de outras que já existiam.

No ar, e pela primeira vez em grande número, utilizaram-se aviões, primeiro para observação e depois para combate e bombardeamento. No mar foi o submarino que mostrou a sua influência, anunciando uma importância crescente que se acentuaria durante a II Guerra Mundial.

Em terra o comboio e as viaturas a motor permitiram deslocar homens e material de forma mais rápida e em maior número. Perto do final da guerra surgiria também, em número reduzido, o carro blindado armado, ou tanque.



Pela primeira vez foram também utilizados, de forma maciça canhões de recuo e de grande calibre que permitiam realizar bombardeamentos até 20 quilómetros de distância e, nas trincheiras, o matraquear das metralhadoras tornou-se um som familiar.

Numa entrevista, concedida à Emissora Nacional em 1967, o sargento Peres de Carvalho recorda o impacto da artilharia sobre os homens que lutavam nas trincheiras. O seu depoimento foi recolhido para um programa da rádio pública sobre a batalha de La Lys e descreve o bombardeamento que antecedeu o avanço alemão.