O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social é da opinião de que não se pode esperar por eleições, seja em que país for, para resolver problemas da Europa, como por exemplo a dívida portuguesa. Em entrevista à Antena 1, Vieira da Silva defende um calendário mais apertado do que o do primeiro-ministro nesta matéria.
Nesta entrevista à editora de Política da Antena 1, Maria Flor Pedroso, o ministro do Trabalho sublinhou que não se pode ficar eternamente à espera de eleições para resolver problemas.
No entanto, alerta, se houver um estremeção nos juros da dívida, dependemos sobretudo mais dos poderes europeus que dos nossos.
Em relação à insistência do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda na reestruturação da dívida, Vieira da Silva concorda com o diagnóstico. O que não significa concordar com as soluções propostas.
Reverter medidas laborais
Vieira da Silva admite também reverter algumas medidas laborais tomadas pelo anterior Governo durante o período da troika. O ministro do Trabalho nota que essas leis tornaram as relações laborais muito mais desequilibradas.
O ministro revelou ainda que o Governo vai corrigir o caminho traçado pelo anterior Governo que desequilibrou a relação entre trabalhador e patrão.
Sobre a colagem dos feriados ao fim de semana, para evitar pontes, até pode ser, mas nunca na lei geral.
Questionado sobre o futuro da relação do PS com o PCP e o BE, Vieira da Silva afirma que "nada será como dantes".