Entre Políticos. Vice-presidente do PSD acredita em "cedências de parte a parte" e "consensos" com o PS
Apesar das divergências entre o Governo da AD e o PS, os sociais-democratas acreditam que o entendimento é possível e que o caminho a seguir é o de "cedências" de ambos os lados para aprovar o Orçamento do Estado para o próximo ano.
"Acho que é inevitável que tenha de haver cedências de parte a parte. É assim que a democracia funciona. Nós não recebemos um mandato de maioria absoluta. E, mesmo quando se recebe um mandato de maioria absoluta é preciso encontrar consensos", defende, em declarações à Antena 1, Inês Palma Ramalho.
Para a vice-presidente do PSD, o desafio lançado pelo novo primeiro-ministro aos socialistas - para que o PS deixe a AD governar até ao fim da legislatura - não deve ser encarado como "chantagem" nem motivo de condicionamento da ação do partidos liderado por Pedro Nuno Santos, que já garantiu que o PS fará uma "oposição responsável".
"Eu tenho pena que o PS, com o estatuto que tem, se sinta refém. Um das coisas que o primeiro-ministro disse [no discurso da posse do novo Governo] é que não se trata de pedir um cheque em branco", afirma a social-democrata, que, no programa Entre Políticos, assinalou ainda: "O papel do PS é representar os seus eleitores, mas é também representar o país inteiro".
No mesmo sentido, a vice-presidente do PSD diz ainda acreditar que os socialistas vão conseguir encontrar na proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano "elementos com os quais é possível concordar".
PS admite "diálogo" sobre combate à corrupção, mas insiste que aprovar OE2025 é "praticamente impossível"
Depois do anúncio feito por Luís Montenegro, que disse, no discurso da posse do novo Governo, que vai propor a todos os partidos a "abertura de um diálogo com vista a fixar uma agenda ambiciosa, eficaz e consensual de combate à corrupção", o PS não fecha a por ao diálogo sobre esta matéria.
"Há disponibilidade para dialogar e, depois, iremos votar as propostas que corresponderem ao nosso quadro de convicções", diz, em declarações à Antena 1, o socialista João Torres.
PS admite "diálogo" sobre combate à corrupção, mas insiste que aprovar OE2025 é "praticamente impossível"
Depois do anúncio feito por Luís Montenegro, que disse, no discurso da posse do novo Governo, que vai propor a todos os partidos a "abertura de um diálogo com vista a fixar uma agenda ambiciosa, eficaz e consensual de combate à corrupção", o PS não fecha a por ao diálogo sobre esta matéria.
"Há disponibilidade para dialogar e, depois, iremos votar as propostas que corresponderem ao nosso quadro de convicções", diz, em declarações à Antena 1, o socialista João Torres.
De acordo com o deputado e dirigente nacional do PS, o partido está preparado para "contribuir" para o debate sobre o combate à corrupção e defende que os socialistas "têm feito muito" ao longo dos últimos anos. Quanto à possibilidade de o PS aprovar a proposta de Orçamento do Estado para 2025, é, de acordo com os socialistas, uma ideia cada vez mais remota. "O PS considera ser praticamente impossível votar favoravelmente o Orçamento do Estado", sublinha o antigo secretário-geral Adjunto dos socialistas, que, no programa Entre Políticos, assinalou ainda: "As ideias defendidas pela AD, ou seja, pelo PSD, pelo CDS-PP e pelo PPM são, em muitos aspetos, contrárias e divergentes das do PS".