Universidade de Verão do PSD. Montenegro destaca medidas para os jovens e diz que "verdadeira instabilidade política" é da oposição
O último dia da Universidade de Verão do PSD contou com um discurso do primeiro-ministro e presidente do partido, que aproveitou para dar destaque a várias das recentes medidas do Executivo direcionadas para os jovens. Luís Montenegro defendeu ainda que a "verdadeira instabilidade política" no país é na oposição e acusou os líderes do PS e do Chega de estarem "despeitados e desorientados" quanto às negociações do próximo Orçamento do Estado.
O primeiro-ministro referiu, entre essas decisões, o reforço da oferta de alojamento estudantil, cuja escassez representa “um dos mais graves problemas que temos e das maiores injustiças, que é a de alguns jovens batalharem durante 12 anos para tentarem obter o melhor resultado possível do seu desempenho académico (…) e que esse esforço caia por terra só porque as suas famílias não têm meios económicos para pagar as rendas das habitações”.
“Dirão muitos que são medidas eleitoralistas”, continuou. “Mas a verdade é uma: estas medidas só estão a ser tomadas agora porque não foram tomadas antes”.
No início do discurso, o chefe de Governo prestou condolências aos familiares e amigos dos cinco militares da GNR “que morreram a cuidar de todos nós” na queda de helicóptero no rio Douro.
Entre o leque de medidas apontadas por Montenegro esteve também a facilitação das candidaturas ao programa Porta 65, cujas novas regras entraram este domingo em vigor, deixando de ser necessário um contrato de arrendamento.
O social-democrata destacou ainda a isenção do imposto de selo na compra de casa para jovens até aos 35 anos e a garantia pública “que pode em muitos casos viabilizar ou não que essa aquisição se possa efetuar”.
Por fim, realçou uma medida “estratégica e estrutural”: que os jovens portugueses “paguem um terço daquilo que pagariam hoje de imposto de rendimento sobre o seu trabalho” e que com isso possam ter “mais condições para estabelecer a sua vida profissional” e “colocar a sua qualificação ao serviço do país” e serem autónomos em relação aos progenitores.
"Este Governo não precisa de eleições para governar ou se relegitimar. Temos o suficiente para cumprir o nosso programa, assim haja responsabilidade política em Portugal para não haver um bloqueio governativo", vincou.
"A minha convicção é que, neste momento, o país está com o Governo, aquilo que nós não sabemos é se a oposição vai estar com o país", disse o líder social-democrata.
Numa intervenção de cerca de 40 minutos, o primeiro-ministro defendeu que, "ao contrário do que muitos vaticinaram, Portugal não tem nenhuma instabilidade no Governo, em Portugal não há nenhuma instabilidade política tirando a da oposição".
"A verdadeira instabilidade política que há em Portugal é da oposição, que passa a vida a dizer uma coisa e o seu contrário, falam antes do tempo e são impulsivos", defendeu.