Universidade de Verão do PSD. Montenegro destaca medidas para os jovens e diz que "verdadeira instabilidade política" é da oposição

por RTP
Foto: Nuno Veiga - Lusa

O último dia da Universidade de Verão do PSD contou com um discurso do primeiro-ministro e presidente do partido, que aproveitou para dar destaque a várias das recentes medidas do Executivo direcionadas para os jovens. Luís Montenegro defendeu ainda que a "verdadeira instabilidade política" no país é na oposição e acusou os líderes do PS e do Chega de estarem "despeitados e desorientados" quanto às negociações do próximo Orçamento do Estado.

“Eu sei que nós só estamos no Governo há pouco mais de quatro meses, mas já há muitas decisões que nós podemos hoje referenciar e que também nasceram das discussões que aqui foram travadas”, declarou Luís Montenegro, dirigindo-se à plateia.

O primeiro-ministro referiu, entre essas decisões, o reforço da oferta de alojamento estudantil, cuja escassez representa “um dos mais graves problemas que temos e das maiores injustiças, que é a de alguns jovens batalharem durante 12 anos para tentarem obter o melhor resultado possível do seu desempenho académico (…) e que esse esforço caia por terra só porque as suas famílias não têm meios económicos para pagar as rendas das habitações”.

“Dirão muitos que são medidas eleitoralistas”, continuou. “Mas a verdade é uma: estas medidas só estão a ser tomadas agora porque não foram tomadas antes”.
No início do discurso, o chefe de Governo prestou condolências aos familiares e amigos dos cinco militares da GNR “que morreram a cuidar de todos nós” na queda de helicóptero no rio Douro.
Entre o leque de medidas apontadas por Montenegro esteve também a facilitação das candidaturas ao programa Porta 65, cujas novas regras entraram este domingo em vigor, deixando de ser necessário um contrato de arrendamento.

O social-democrata destacou ainda a isenção do imposto de selo na compra de casa para jovens até aos 35 anos e a garantia pública “que pode em muitos casos viabilizar ou não que essa aquisição se possa efetuar”.

Por fim, realçou uma medida “estratégica e estrutural”: que os jovens portugueses “paguem um terço daquilo que pagariam hoje de imposto de rendimento sobre o seu trabalho” e que com isso possam ter “mais condições para estabelecer a sua vida profissional” e “colocar a sua qualificação ao serviço do país” e serem autónomos em relação aos progenitores.

“Eu sei que hoje em Portugal muitos políticos, muitos partidos, muitas outras personagens ocupam quase todo o espaço mediático com a política da conversa. Mas nós estamos no Governo não é para a política da conversa, é para a política das ações concretas, que influenciam a vida das pessoas”, afirmou.
"Verdadeira instabilidade política" é da oposição
No seu discurso, o presidente do PSD defendeu ainda que a "verdadeira instabilidade política" no país é na oposição e acusou os líderes do PS e do Chega de estarem "despeitados e desorientados" quanto às negociações do próximo Orçamento do Estado.

"Este Governo não precisa de eleições para governar ou se relegitimar. Temos o suficiente para cumprir o nosso programa, assim haja responsabilidade política em Portugal para não haver um bloqueio governativo", vincou.


"A minha convicção é que, neste momento, o país está com o Governo, aquilo que nós não sabemos é se a oposição vai estar com o país", disse o líder social-democrata.

Numa intervenção de cerca de 40 minutos, o primeiro-ministro defendeu que, "ao contrário do que muitos vaticinaram, Portugal não tem nenhuma instabilidade no Governo, em Portugal não há nenhuma instabilidade política tirando a da oposição".

"A verdadeira instabilidade política que há em Portugal é da oposição, que passa a vida a dizer uma coisa e o seu contrário, falam antes do tempo e são impulsivos", defendeu.

c/ Lusa
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