Universidade de Verão do PSD faz 20 anos e `junta` Portas, Durão e talvez Marcelo

por Lusa

A Universidade de Verão do PSD arranca hoje, numa edição em que se assinalam 20 anos desta iniciativa de formação política, e que terá entre os oradores o antigo primeiro-ministro Durão Barroso e o ex-líder do CDS-PP Paulo Portas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, poderá voltar a participar na iniciativa de formação de jovens quadros, mas a organização mantém a dúvida sobre esta presença e em que moldes pode acontecer.

No ano passado, o chefe de Estado respondeu à distância, por vídeo, a 30 perguntas de 30 participantes, e em 2018 fez o mesmo, mas por escrito.

Também por escrito responderão ao longo da semana aos `alunos`, através do jornal interno da Universidade de Verão, personalidades como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, ou o bispo auxiliar de Lisboa que presidiu à Jornada Mundial da Juventude 2023, Américo Aguiar.

A 19.ª edição da Universidade de Verão (UV) -- arrancou em 2003, mas não se realizou em 2020 e 2021 devido à pandemia -- vai decorrer, como habitualmente, em Castelo de Vide (Portalegre) entre hoje e domingo, culminando com o encerramento pelo presidente do PSD, Luís Montenegro.

Hoje, a abertura está a cargo do secretário-geral do PSD, Hugo Soares, contando também com intervenções do diretor da Universidade de Verão, o eurodeputado Carlos Coelho, o líder da JSD, Alexandre Poço, e José Manuel Fernandes, coordenador do grupo parlamentar do PSD no Parlamento Europeu.

No primeiro jantar, além do presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Nobre Pita, intervirá o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, a menos de um mês das eleições regionais no arquipélago onde o PSD governa desde 1976.

Na terça-feira, o `cabeça de cartaz` o antigo líder do CDS-PP Paulo Portas, que protagoniza o jantar-conferência, depois de à tarde os `alunos` da UV terem uma aula sobre as desigualdades nos resultados escolares pelo professor universitário Pedro Freitas.

Na quarta-feira de manhã, o diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Óscar Afonso, falará sobre o peso da economia não registada em Portugal e, à tarde, o vice-presidente do PSD António Leitão Amaro e a vereadora municipal em Lisboa Filipa Roseta debaterão as respostas para a crise na habitação, depois do recente `veto` do Presidente da República a parte das medidas do Governo para este setor (que o PS já garantiu ir confirmar, sem alterações).

A saúde abrirá as `aulas` de quinta-feira, com o ex-bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães e a presidente do grupo privado Luz Saúde Isabel Vaz a debaterem as prioridades para o setor, e o socialista e presidente da SEDES Álvaro Beleza a fechar o dia como orador do jantar-conferência.

Na sexta-feira, o vice-presidente do PSD Paulo Rangel e o presidente da Jurisdição do partido José Matos Correia debaterão as vantagens e desvantagens do voto aos 16 anos -- uma das propostas dos sociais-democratas no processo de revisão constitucional -, e a ex-dirigente do CDS-PP Cecília Meireles será a oradora da noite.

O antigo presidente da Comissão Europeia e primeiro-ministro entre 2002 e 2004 José Manuel Durão Barroso falará no sábado de manhã sobre "A Europa e o mundo: desafios e perspetivas", num dia em que a oradora do jantar-conferência vai ser a escritora Margarida Rebelo Pinto.

Os trabalhos encerram no domingo e, além de Luís Montenegro (que iniciará em seguida mais uma edição da iniciativa `Sentir Portugal`, dedicada ao distrito de Portalegre), voltarão a falar Carlos Coelho e Alexandre Poço.

Desde 2003 que se realiza esta Universidade de Verão, promovida conjuntamente pelo PSD, a JSD, o Instituto Francisco Sá Carneiro e a delegação social-democrata do Partido Popular Europeu.

Nesta 19.ª edição participam 100 jovens, escolhidos entre 350 candidatos. De acordo com o diretor da universidade, os participantes foram escolhidos tendo em conta um "equilíbrio etário, entre os 18 de os 30 anos, de género, entre homens e mulheres, e de localização geográfica, para cobrir todo o país".

Carlos Coelho indicou à Lusa que a média de idades ronda os 21 anos e são esperados 65 rapazes e 35 raparigas.

De acordo com o site da UV, no total das 20 edições passaram por esta iniciativa 200 oradores e dois mil alunos, que tiveram cerca de 500 aulas.

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