Luís Montenegro indigitado primeiro-ministro por Marcelo Rebelo de Sousa

por Graça Andrade Ramos, Mariana Ribeiro Soares, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

O líder do PSD foi indigitado pelo presidente da República na primeira hora desta quinta-feira, após serem conhecidos os resultados finais dos votos da emigração. Luís Montenegro foi recebido no Palácio de Belém, em Lisboa, já depois da meia-noite, poucas horas depois de ter estado na residência oficial do chefe de Estado para as audiências dos partidos, ainda durante a tarde de quarta-feira.

Emissão da RTP3


Miguel A.Lopes - Lusa

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por RTP

Luís Montenegro apresenta governo dentro de oito dias

Após ter sido indigitado, o novo primeiro-ministro de Portugal anunciou que irá regressar a Belém para apresentar na próxima semana o seu executivo, a 28 de março. 

A "tomada de posse será a 2 de abril", acrescentou.

Luís Montenegro esteve reunido cerca de 20 minutos com o presidente, durante os quais ambos terão acertado a agenda dos próximos dias. 

O líder do PSD explicou ainda a necessidade da formalização da indigitação nas primeiras horas de quinta-feira, e depois de conhecidos os resultados do voto da emigração, com a impossibilidade de estar presente no Palácio de Belém durante a manhã, por se deslocar a Bruxelas para a reunião do PPE, grupo parlamentar europeu a que pertence o PSD.

Cansado mas visivelmente satisfeito, Montenegro sublinhou que era "importante" participar neste encontro já como novo primeiro-ministro português.

O voto da emigração confirmou a vitória da AD nas eleições legislativas de 10 de março último. A AD, liderada pelo PSD em coligação com o CDS-PP e com o PPM, elegeu ao todo 80 deputados, o Partido Socialista 78 e o Chega confirmou-se como terceiro partido mais votado, com 50 lugares na Assembleia.

Nos círculos da emigração o Chega foi o grande vencedor, tendo conseguido dois deputados, um por cada círculo. O PS elegeu mais um deputado pela Europa e o círculo do resto do mundo deu outro à AD.
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por Paulo Alexandre Amaral - RTP

Chega elege dois deputados na emigração, PS falha Augusto Santos Silva

Ficaram assim distribuídos os deputados dos círculos da emigração: dois para o Chega, um para a AD e outro para o PS. Foto: Pedro de Góis - RTP

Apurados todos os votos da emigração, o Chega é ao final da noite o grande vencedor nesses círculos. Vence na Europa com a eleição de um deputado, à frente do PS, e garante outro mandato Fora da Europa logo atrás da AD e impedindo a reeleição pelo PS do presidente da Assembleia da República cessante, Augusto Santos Silva. Dois deputados para o Chega e um para PS e outro para AD fecham as contas das legislativas de 10 de março: AD com 80, PS 78 e Chega 50.

No círculo da Europa, o Chega foi o partido com mais votos - 18,31% correspondentes a 42.972 eleitores que garantiram um deputado; segue-se o PS com 16,22% que correspondem a 38.061 boletins que garantiram o outro deputado.

Sem conseguir eleger ficou a AD (PSD/CDS-PP/PPM) com 14,21% correspondentes a 33.350 eleitores.

No círculo Fora da Europa, a vitória foi garantida pela AD com 22,9% (22.636 votos) e um deputado; a uma escassa distância surge o Chega com 18,27% (18.067) para ganhar o outro deputado deste círculo.

O PS, com 14.410 votos para 14,51%, falha neste círculo Fora da Europa a eleição do seu cabeça de lista, Augusto Santos Silva, que assim deixa o Parlamento depois de ter ocupado o lugar de presidente da Assembleia da República.

As razões para a ultrapassagem do Chega ao PS podem encontrar-se na votação do Brasil e dos Estados Unidos, com notícias a darem conta nas últimas semanas de uma mobilização da comunidade evangélica para o voto no partido de André Ventura.

No Brasil, o Chega foi mesmo o partido mais votado, com 24,61% do votos (13.724), contra os 20,45% (11.406) da AD e os 15,30% (8.536) do PS.

As contas finais dão a AD com 80 deputados (28,84%) no Parlamento (somam-se aos 77 mandatos da Aliança Democrática - 28,02% - os 3 mandatos do PSD/CDS-PP na Madeira - 0,82%), o PS com 78 (28%) e o Chega com 50 (18,07%).
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por RTP

Presidente da República indigita Luís Montenegro como Primeiro-Ministro

Em nota publicada no site da Presidência da República, Luís Montenegro é indigitado primeiro-ministro de Portugal, a 21 de março de 2024.

"Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos", refere o comunicado.

"Tendo o Secretário-Geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da Oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-Ministro, apresentando oportunamente ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional", conclui a nota presidencial.
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por RTP

Luís Montenegro chega a Belém

A reunião do líder social-democrata com o presidente da República acaba por se realizar após as 00h00. 

Marcelo Rebelo de Sousa vai ser indigitado primeiro-ministro e convidado a formar governo.

Voa para Bruxelas às 6h da manhã, já como primeiro-ministro, para participar no encontro do PPE, grupo político europeu a que pertence o PSD.
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por RTP

Fechado o círculo fora da Europa, Chega e PSD partilham os deputados

A contagem dos votos da emigração terminou eram quase 00h00. Os resultados oficiais deverão ser comunicados ao longo da próxima hora.

O Chega foi o partido mais votado também neste círculo, seguindo-se desta vez a AD. O PS foi terceiro, o que ditou o afastamento de Augusto Santos Silva do Parlamento.


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por RTP

Luís Montenegro de novo em Belém às 23h00 para ser indigitado

Fontes do Palácio de Belém confirmaram à RTP que o líder social democrata deverá voltar a reunir-se com Marcelo Rebelo de Sousa pelas 23h00 para ser indigitado primeiro-ministro.
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Círculo Europeu fechado. Confirmada eleição de deputados do Chega e do PS

Os resultados finais dos votos pelo círculo da Europa encerraram há minutos. Foram atribuídos um deputado ao Chega, que será José Dias Fernandes, e outro ao Partido Socialista, ou seja, foi eleito Paulo Pisco.

 O Chega obteve 18,31 por cento dos votos (42.972 votos, em números absolutos), o PS 16,22 por cento (38.061).

A AD conseguiu 33.350 votos, ou seja, 14,21%.

Foram apurados 16 consulados e registados 234.654 votantes, dos 937.311 inscritos. Neste círculo, 38,49% de votos foram considerados nulos.

O BE obteve 2,74% dos votos, a IL 2,44%, o PAN 2,20%, o Livre 1,74%, o PCP-PEV 1,01%, a ADN 0,41%, o Volt 0,32%, o PCTP/MRPP 0,32 %, o JPP 0,24 %, Nós Cidadãos 0,22%, Nova Direita 0,21 %, R.I.R. 0,19%, Ergue-te 0,08% e o MPT.A 0,05%.

Mais de 1,5 milhões de cartas com os boletins de voto foram enviadas para 189 destinos a partir de 04 de fevereiro e os votos começaram a chegar a Portugal em 20 de fevereiro. A opção pelo voto presencial foi exercida por 5.283 eleitores.

No Centro de Congressos de Lisboa ainda decorre a parte final do apuramento dos votos, tendo desde segunda-feira sido registados 335.312 boletins.

Os votos dos emigrantes portugueses irão resultar na eleição de quatro deputados (dois pelo círculo da Europa e dois pelo círculo Fora da Europa), que poderão influenciar o resultado final das legislativas do passado dia 10, uma vez que a coligação Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) elegeu 79 deputados e o PS 77.

com Lusa
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Faltará cerca de uma hora para serem anunciados os resultados da votação

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Luís Montenegro tem agora de escolher nova orgânica do governo

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

Luís Montenegro vai ter agora de escolher os nomes e a orgânica do governo para apresentar ao Presidente da República. O líder do PSD recusa dizer se vai ter ministros da Iniciativa Liberal. No entanto, o mais provável é que o partido de Rui Rocha não entre no novo governo.

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por RTP

Legislativas. A análise de António José Teixeira

O Diretor de Informação da RTP fez a análise dos resultados que já se conhecem dos votos da emigração.

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por RTP

Votos da emigração. Chega alcança os dois mandatos

Foto: Pedro Góis - RTP

O resultado dos votos dos círculos da emigração indica que o Chega alcança dois mandatos, a AD um, o PS outro. Em 2002, os socialistas tinha chegado aos três deputados e o PSD um. Agora o Chega é partido é o mais votado no circulo da Europa, seguido do PS.

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por RTP

Da reunião com Marcelo à confirmação da indigitação de Luís Montenegro. O que se passou esta tarde

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por RTP

Luís Montenegro sai da sede do PSD

Pouco depois das 20h00, o líder do Partido Social Democrata abandonou de carro a sede do partido, onde aguardava a chamada do Palácio de Belém para ser indigitado primeiro-ministro.
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por Lusa

Chega à frente nas comunidades quando está apurada a maioria dos consulados

O Chega é o partido mais votado pelos portugueses residentes no estrangeiro, quando está apurada a maioria dos consulados (54,17%) e o trabalho de escrutínio dos votos no Centro de Congressos de Lisboa está na reta final.

De acordo com os dados publicados no site da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), às 18:30, o Chega está à frente com 16,75%, seguindo-se o PS (16,59%) e a AD (14,50%).

No círculo da Europa, o Chega vence com 17,08%, o PS obtém 16,93% e a AD 14,17%.

Fora da Europa, a AD vence com 20,11%, o Chega obtém 11,17% e o PS 10,89%.

No Centro de Congressos de Lisboa, onde desde segunda-feira estão a ser escrutinados e registados os votos dos emigrantes portugueses, a contagem decorre até as 19:00, altura em que deverão estar registados os 334.005 votos recebidos até hoje.

Dados da Administração Eleitoral indicam que estes votos estão a ser registados a uma cadência de 133 boletins por minuto.

Mais de 1,5 milhões de cartas com os boletins de voto foram enviadas para 189 destinos a partir de 04 de fevereiro e os votos começaram a chegar a Portugal em 20 de fevereiro. A opção pelo voto presencial foi exercida por 5.283 eleitores.

Os votos dos emigrantes portugueses irão resultar na eleição de quatro deputados (dois pelo círculo da Europa e dois pelo círculo Fora da Europa), que poderão influenciar o resultado final das legislativas do passado dia 10, uma vez que a coligação Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) elegeu 79 deputados e o PS 77.

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por RTP

Marcelo deverá indigitar Luís Montenegro ainda esta quarta-feira

O Palácio de Belém indicou que o líder do Partido Social Democrata deverá ser chamado de novo mal se saiba o resultado dos votos da emigração.


A Presidência da República informou que "poderá haver uma nova audiência" ainda hoje ao presidente do PSD e líder da AD, Luís Montenegro, depois de apurados aqueles resultados, circunstância que deverá ocorrer até à noite.

A informação foi transmitida por fonte oficial do Palácio de Belém, minutos depois de Luís Montenegro ter terminado uma audiência de cerca de 01:40 com Marcelo Rebelo de Sousa.

com Lusa
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Montenegro levou a Belém a sua disponibilidade para ser indigitado primeiro-ministro

Luís Montenegro na reunião em Belém com Marcelo Rebelo de Sousa. À sua direita está Nuno Melo, parceiro na AD. Miguel A. Lopes - Lusa

Luís Montenegro saiu da reunião com o presidente da República depois de manifestar a Marcelo Rebelo de Sousa a "disponibilidade para ser indigitado primeiro-ministro". "Estamos focados nos problemas dos portugueses", declarou o líder do PSD à saída da audiência em Belém, onde foi recebido pelo presidente da República no âmbito das eleições legislativas de 10 de março, assegurando que mantém a motivação manifestada durante a campanha eleitoral.

O líder do PSD e da AD (PSD/CDS-PP/PPM) esteve esta tarde reunido com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa audiência em que se fez acompanhar por Hugo Soares, secretário-geral dos social-democratas, e Nuno Melo, presidente do CDS-PP, parceiro da coligação nestas eleições. Ausente do encontro esteve Gonçalo da Câmara Pereira, o presidente do PPM, também parceiro na AD.

Luís Montenegro disse ter transmitido ao presidente da República, em nome da Aliança Democrática (AD), “a disponibilidade desta coligação em assumir a liderança do governo e, em consequência, poder ser indigitado primeiro-ministro”.

“Tive ocasião de transmitir ao presidente da República que a nossa motivação é exatamente a mesma que denotámos na campanha eleitoral. Estamos focados nos problemas dos portugueses. Estamos focados na vida de cada cidadão que vive e trabalha em Portugal”, declarou o presidente do PSD.
 
O chefe da AD anunciou que na coligação “estamos absolutamente empenhados em, respeitando a vontade do povo português, expressa de forma livre e democrática, promover uma mudança de governo, de primeiro-ministro e de políticas em Portugal”.

“Estamos absolutamente concentrados em ter uma economia mais forte com um percurso de crescimento duradouro que permita melhores salários e que por via disso a classe média possa ficar mais desafogada e os nossos jovens tenham esperança de connosco construir o futuro do nosso país”, acrescentou Montenegro, assinalando o desejo de que com as suas políticas “os principais serviços públicos possam dar as respostas que hoje falham aos portugueses na saúde na habitação e na educação”.

“Com base na escolha dos resultados eleitorais é minha expectativa que o líder da AD possa ser indigitado para formar governo”, disse.

Questionado pelos jornalistas, Luís Montenegro escusou-se a esclarecer sobre a possibilidade de a IL vir também a integrar o executivo ou sobre a eventual apresentação de um Orçamento Retificativo: “As questões que tiverem a ver com o exercício da atividade do governo serão tomadas, comunicadas e explicadas quando houver governo”.

Relativamente à composição do futuro executivo, Montenegro disse que “a maior representação parlamentar que há na Assembleia da República que assumirá funções é da AD. Há uma maioria, relativa, não absoluta. Essa maioria é constituída pelos deputados do PSD e do CDS-PP, é com base nessa maioria, se for esse o entendimento do Presidente da República, que apresentaremos o nosso Governo”.

Mal terminou esta reunião, que durou cerca de uma hora e 40 minutos, a assessoria da Presidência da República informou que "poderá haver uma nova audiência" ainda hoje ao presidente do PSD e líder da AD, Luís Montenegro, depois de apurados os resultados dos votos da emigração.

Entretanto, a Presidência fez saber já depois destas declarações que “poderá haver nova audiência” com Luís Montenegro ainda hoje, após estarem apurados em definitivo os resultados dos votos da emigração.

Repto de Pedro Nuno Santos sobre polícia e professores ficou sem resposta

O presidente do PSD disse ter registado "com satisfação o sentido de responsabilidade" manifestado por Pedro Nuno Santos ontem à saída da audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, mas adiou uma resposta ao repto do novo líder do PS para negociar um Orçamento Retificativo que permitisse responder aos anseios dos professores e das polícias.

"Tudo o mais, a concretização do que quer que seja, caberá ao Governo que ainda não existe, quando existir dará essa resposta a todas as comunicações que foram proferidas", respondeu Montenegro.

Ontem, após a reunião na residência oficial com Marcelo Rebelo de Sousa, o novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, mostrou-se disponível para viabilizar um Orçamento Retificativo que permita implementar as medidas necessárias para resolver as questões que afetam as forças de segurança e os professores, além de outros problemas na administração pública, e que foram entretanto prometidas por ambos os partidos durante a campanha eleitoral.

Afastou, por outro lado, a possibilidade de vir a aprovar um Orçamento do Estado. Diz que a distância entre os dois partidos torna esse cenário "praticamente impossível", já que "um orçamento geral do Estado é uma declinação dos programas eleitorais e os programas dos partidos são muito diferentes. O próprio líder da AD disse numa entrevista durante a campanha que a distância do programa do PS para com a AD era tanta que não se via a viabilizar um programa do Partido Socialista - e nós achamos o mesmo".
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por RTP

Luís Montenegro fala aos jornalistas no fim da audiência com o presidente

O presidente do Partidos Social Democrata saiu da reunião a garantir que o partido mantém a expetativa de ser indigitado para formar Governo com a "maioria relativa" obtida pela AD.

"A maioria parlamentar é da AD", lembrou remetendo para o pós-decisão de Marcelo Rebelo de Sousa mais novidades sobre o eventual novo executivo.

"Aguardarei o convite do presidente da República para formar governo", afirmou Luís Montenegro.
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O fim do escrutínio
por RTP

O fim do escrutínio

No primeiro dia, foram apurados mais de 147 mil votos no Centro de Congressos de Lisboa. Na terça-feira, foram mais 117 mil. Há ainda algumas dezenas de milhares de votos por contar.

As remessas de boletins de voto continuaram a chegar esta quarta-feira, por correio, até às 17h00.

O porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, já veio indicar que os resultados não devem ser conhecidos antes das 19h00 já que os votos chegados até essa hora serão contados.

De acordo com os prazos legais, os resultados oficiais só vão ser publicados em Diário da República na sexta-feira. Mas a distribuição dos quatro mandatos destes círculos eleitorais deverá ser conhecida já na próxima noite. 

O Chega deverá mesmo eleger dois deputados pelos círculos eleitorais da emigração - um pela Europa e outro pelo círculo fora de Europa. Os votos dos portugueses que residem no continente europeu deverão resultar na eleição de um deputado do partido de André Ventura e outro do PS. Já os votos de quem votou no resto do mundo, a manter-se a tendência dos últimos dias, dará lugar a um mandato para o Chega e outro para a Aliança Democrática.

A reeleição do ainda presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, está assim em risco.
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por Lusa

PS e PSD com dois lugares, Chega outros dois e vitória massiva na Suíça

PS e PSD dividem, para já, dois lugares nos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa, respetivamente, com o Chega a alcançar os outros dois lugares, após os resultados revelarem uma votação massiva neste partido na Suíça.

Paulo Pisco, cabeça-de-lista pelo PS para o círculo da Europa, reúne, até ao momento, votos suficientes para ser reeleito.

Questionado sobre os resultados até agora conhecidos dos emigrantes portugueses nas legislativas de 10 de março, que retiram Augusto Santos Silva (PS) do Parlamento, Pisco disse que o PS "vai ter de trabalhar muito para recuperar os dois deputados que agora perdeu".

"Temos de compreender as causas que levaram a esse resultado e trabalhar em alguns dos países em que a votação não nos foi favorável", afirmou à Lusa.

E acrescentou: "O PS disputa estas eleições de uma forma muito veemente, muito honrada e houve um equilíbrio entre as diferentes forças. A vitória que o Chega obtém é construída nos mais de 40% de votos que obtém apenas num país, que é a Suíça".

"É um resultado estranho e anómalo, mas que temos de compreender as razões desse resultado e, se houver algo que seja preciso esclarecer junto dos eleitores na Suíça, temos de compreender", prosseguiu.

O social-democrata José Cesário, que espera às 19:00 ver confirmada a sua eleição pelo círculo Fora da Europa, lamentou que o seu partido não tenha conseguido recuperar o deputado perdido há dois anos no círculo pela Europa.

Sobre o crescimento do Chega, nomeadamente na Suíça, afirmou que "o poder político socialista descurou totalmente a sua relação com as comunidades, de um modo global. Na Suíça é mais evidente, porque os emigrantes na Suíça são os que mais contribuem para a economia nacional, em rendimento per capita, por pessoa, os que mais remessas enviam para Portugal, têm um contributo impressionante na área turística, no imobiliário".

Estes portugueses estão "sem resposta para os seus problemas, ignorados nos centros de saúde, nas finanças, em tantos serviços públicos, até nas câmaras municipais e sobretudo nos consulados, e decidiram dar um murro na mesa. É uma opção livre deles, desejaria que fosse outra, mas compreendo perfeitamente o seu comportamento e a decisão relativamente ao voto que fizeram".

José Cesário referiu que o seu objetivo e batalha vai ser "a de sempre": "Ter melhores serviços para as pessoas, dar mais direitos aos portugueses que estão fora de Portugal, garantir que a administração pública funcione com mais celeridade, que as pessoas possam ter mais acesso à cultura, à educação, ao ensino do português para os seus filhos".

Carlos Gonçalves (PSD) não conseguiu a eleição para o círculo da Europa e, para já, congratulou-se com "o aumento da votação das comunidades portuguesas".

Gonçalves interpretou a eleição de dois deputados pelo Chega (Europa e Fora da Europa) como "um voto de protesto" e "um sentimento de revolta".

Estranhando a sua tão forte expressão na Suíça, o social-democrata considerou que "é preciso saber quais as razões que levam aquela comunidade a ter um sentimento de revolta e protesto superior aos outros".

Manuel Magno, cabeça-de-lista do Chega para o círculo Fora da Europa, para cuja eleição os resultados até agora apurados apontam, disse que esta sempre foi a sua expectativa.

"A grande demanda que temos para resolver é a situação das comunidades fora da Europa, fora de Portugal. Eu vivo na diáspora, trabalho na diáspora, conheço o dia a dia das comunidades e elas sempre foram tratadas como se fossemos de segunda classe. Não somos", disse à Lusa.

Magno afirmou que pretende dar às comunidades portuguesas o respeito que estas merecem.

Por seu lado, José Dias Fernandes, cabeça-de-lista do Chega pela Europa, que se encontra em Paris, manifestou agrado pelos resultados que, até ao momento, o elegem pelo círculo da Europa, considerando este um resultado "normal", tendo em conta o que durante a campanha encontrou "no terreno".

Telefonicamente, disse à Lusa que a votação que o Chega conseguiu na Europa, principalmente na Suíça, foi um protesto contra a forma como a comunicação social tratou "negativamente" o seu partido.

"Já estávamos à espera deste resultado. Andamos no terreno, porta-a-porta há muito tempo", disse.

A contagem dos votos dos emigrantes portugueses, que fizeram a sua escolha por via postal, termina hoje, revelando os quatro deputados dos círculos da Europa e Fora da Europa.

O escrutínio e registo destes votos dos portugueses residentes no estrangeiro decorre no Centro de Congressos de Lisboa desde segunda-feira, dia em que foram apurados mais de 140 mil votos. Na terça-feira foram contabilizados mais 117 mil.

Os votos que chegaram pelo correio até às 17:00 de hoje serão escrutinados e registados, num trabalho que durará até às 19:00.

Mais de 1,5 milhões de cartas com os boletins de voto foram enviadas para 189 destinos a partir de 04 de fevereiro e os votos começaram a chegar a Portugal em 20 de fevereiro. A opção pelo voto presencial foi exercida por 5.283 eleitores.

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por RTP

André Ventura proclama "vitória histórica" do Chega nos círculos da emigração

André Ventura anunciou a “vitória histórica” do Chega nos círculos da emigração. 

“É um resultado histórico, nunca visto em 50 anos de democracia nos círculos da emigração: há um partido, que não PS e PSD, a vencer em número de votos estes círculos”, declarou Ventura em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

Ventura agradeceu aos emigrantes pelo resultado que “superou largamente” as suas expectativas, “mesmo as mais otimistas”.

O líder do Chega destacou ainda como a vitória do partido nos círculos fora da Europa, o que significa que Augusto Santos Silva deverá falhar a eleição para a Assembleia da República.

“Esta é uma vitória particularmente importante, porque é o símbolo da vitória da humildade sobre a arrogância, da democracia sobre a cegueira ideológica e institucional e da vitória do Chega sobre o símbolo socialista que nos últimos anos, ancorado a uma maioria absoluta, tinha aniquilado, censurado e atacado persistentemente o Chega”, asseverou André Ventura.

André Ventura reiterou que continua a procurar chegar a um acordo com a AD para garantir a estabilidade para o país.

“Tudo fiz e tudo continuarei a fazer para que se alcance uma plataforma de estabilidade que dê quatro anos de governabilidade a Portugal e de uma maioria não desperdiçada”, declarou, insistindo que a maioria de direita “é uma maioria que não pode e não deve ser desperdiçada”.

“Aqueles que, insistindo no seu ego e na sua arrogância, a desperdiçarem, olhando para o lado ou ignorando o voto de quase 1,2 milhões de portugueses, serão eles os causadores de toda a instabilidade que o país pode vir a viver”, disse Ventura, em jeito de recado para Luís Montenegro.

Apesar disso e de ainda não existir acordo, Ventura deixou a garantia de que o Chega dará luz verde a matérias “tão importantes como a equiparação do suplemente de missão das forças de segurança, a recuperação do tempo de serviço dos professores, a redução urgente de impostos ou a reforma da justiça com a consequente luta contra a corrupção e garantia da independência das polícias e dos magistrados”.

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por RTP

Montenegro já está em Belém

Luís Montenegro já se encontra em Belém para a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa. 

Montenegro chegou acompanhado do presidente do CDS Nuno Melo, do vice-presidente do PSD Paulo Rangel e do secretário-geral Hugo Soares.

O líder do PSD deverá apresentar ao presidente da República as condições para a estabilidade e governabilidade do país, já que os votos da emigração deverão confirmar a vitória da AD nas legislativas.
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por RTP

Augusto Santos Silva deverá falhar a eleição para a Assembleia da República

A contagem dos votos da emigração até ao momento mostra que é praticamente certo que Augusto Santos Silva não foi eleito pelo círculo fora da Europa. O socialista deverá perder o lugar para deputado do Chega.

“Neste momento, a diferença do PS e do Chega no círculo fora da Europa é de cerca mil votos. Os votos que faltam contar são do Brasil e o padrão que tem havido é que no Brasil, a contagem dos votos dá quase sempre uma vitória ao Chega”, explicou Paulo Pisco, deputado do PS, à RTP.

“A manter-se este padrão, torna-se bastante difícil que Augusto Santos Silva possa voltar a ser eleito”, afirmou.
O deputado do PS considera que o aumento de votos no Chega e a não eleição de Augusto Santos Silva se deve ao apoio do Partido Socialista a Lula da Silva.

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por RTP

Chegaram mais cerca de 13 mil votos ao Centro de Congressos de Lisboa

Chegaram mais cerca de 13 mil votos até ao Centro de Congressos de Lisboa. Destes, 11 mil são do Brasil.

Até ao momento, esta quarta-feira foram contabilizados mais de 60 mil boletins de voto que vieram do estrangeiro. O universo total de eleitores emigrantes é superior a 321 mil – o dobro das eleições de 2022.
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Contagem de votos. Resultados provisórios serão conhecidos esta noite

Os resultados oficiais só são conhecidos na sexta-feira, mas a confirmarem-se as previsões a AD elege 80 deputados, o PS 78 e o Chega 50. Esta quarta-feira à noite serão ainda conhecidos os resultados provisórios. Ao início da tarde, os boletins de voto estavam praticamente todos registados, embora tenham chegado mais votos durante a manhã.

Até ao momento, prevê-se que sejam contabilizado 56.313 votos, havendo a possibilidade que cheguem mais até às 17h00 - hora a que as urnas serão abertas.

Pelas 17h00 também Luís Montenegro será recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, e pode sair dessa reunião já indigitado como primeiro-ministro se as tendências de votação se mantiverem.
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Contagem dos votos dos emigrantes termina esta quarta-feira

Vão ser revelados os resultados dos votos da emigração e os números deverão confirmar a vitória da Aliança Democrática nas eleições antecipadas. Por agora, sabe-se que o Chega lidera no círculo europeu, com quase 40 mil votos.

Fora da Europa é a AD que tem o maior número de votos, com mais de 11 mil. O que significa que, dos quatro deputados que faltam eleger, o Chega deverá conseguir dois, a AD um e o PS um.
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BE e PAN abrem "porta de diálogo" para convergências que impeçam retrocessos

As líderes do BE e do PAN deixaram aberta uma "porta de diálogo", quer no parlamento quer fora, para convergências e diálogo numa oposição ao futuro Governo de direita para impedir "retrocessos sociais".

A reunião entre as comitivas do BE e do PAN foi a primeira da ronda pedida pelos bloquistas a todos os partidos de esquerda e ecologistas na sequência das eleições legislativas de 10 de março, tendo ao final de uma hora de encontro falado aos jornalistas Mariana Mortágua, pelo BE, seguida de Inês de Sousa Real, do PAN.

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, "disponibilizou-se desde o primeiro momento" para este diálogo.

"Saiu claro desta reunião que há uma convergência para garantirmos que direitos adquiridos não servem como moeda de troca e que matérias tão preocupantes, que temos trabalhado nas anteriores legislaturas, como a morte medicamente assistida, que não há retrocesso em matéria de direitos humanos das mulheres, como é o caso da interrupção voluntária da gravidez ou até mesmo em matérias como o bem-estar animal ou a defesa do ambiente e a luta contra as alterações climáticas", defendeu.

Para Inês de Sousa Real "estas pontes de diálogo" são importantes para que se garanta "que a maioria que se formou à direita e em particular também dando a mão à extrema-direita, como é o caso do Chega, que não põe em causa estes direitos adquiridos".

"E que, de alguma forma, eles não são utilizados como moeda de troca naquilo que possa ser a governação do Luís Montenegro e na sua tentativa de alguma forma de poder garantir essa estabilidade governativa", disse.
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Boletins de voto já ultrapassam os 56 mil

Às 12h00 faltavam registar pouco mais de três mil boletins de voto.

O número total de boletins de voto que vão ser contabilizados no final do dia é de 56.313. Este número foi subindo ao longo da manhã, uma vez que em duas remessas chegaram votos dos portugueses que votaram fora de Portugal.

Este número pode vir ainda a crescer ao longo do dia visto que podem continuar a chegar votos até o Centro de Congressos de Lisboa até às 17h00.
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Reuniões de esquerdas são posição de "convergência", diz Mortágua

Foto: Filipe Amorim - Lusa

Depois do encontro desta quarta-feira com o PAN, a líder do Bloco de Esquerda afirmou que ambos os partidos valorizam o "diálogo e as pontes" entre as esquerdas. Marcando uma posição de convergência com estas reuniões, Mariana Mortágua repetiu que o BE não viabilizará "orçamentos de direita".

"Valorizamos muito este diálogo e esta ponte aberta que terá outros momentos no futuro e que criará oportunidades de convergência no futuro", afirmou Mariana Mortágua aos jornalistas.

A coordenadora do BE explicou ainda que "não marcou esta reunião [com os partidos de esquerda] com o objetivo de mudar os resultados eleitorais", mas sim "para fazer reuniões históricas" e para "abrir pontes de diálogo que não existiam entre estes partidos até agora".

"O crescimento da extrema-direita, a viragem à direita do país, exige aos partidos da esquerda, aos partidos ecologistas que partilham agendas tão importantes no campo dos direitos sociais (...), esta coordenação da capacidade de diálogo", acrescentou. "É nesta convergência que reside a capacidade de garantir que não há nenhum recuo em direitos sociais, ou matérias em que o PAN e o BE estiveram do mesmo lado no Parlamento".

Esta convergência, segundo Mariana Mortágua, serve para mostrar que estes dois partidos valorizam, neste momento, "a capacidade de convergência e uma capacidade de resposta e de oposição à direita".

Sobre o eventual Orçamento Retificativo do Governo da AD, a bloquista respondeu que ainda não é conhecido esse orçamento, mas deixou claro que a coligação de direita "não conta com o voto do Bloco de Esquerda para viabilizar orçamentos".
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Orçamento retificativo. Carneiro considera atitude de Pedro Nuno "sensata e responsável"

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

Em Viana do Castelo, José Luís Carneiro considerou esta quarta-feira que Pedro Nuno Santos toma uma "posição muito sensata e muito responsável", ao deixar em aberto a possibilidade de aprovar um orçamento retificativo da Aliança Democrática.

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Reunião da esquerda. PAN "disponível para dialogar com todas as forças políticas"

As líderes do PAN e do Bloco de Esquerda reúnem esta quarta-feira. à chegada ao encontro, Inês Sousa Real considerou que "há uma responsabilidade por parte das forças políticas democráticas" para garantir que "a solução governativa" não passa "por dar a mão ao Chega".

Sobre o encontro com Mariana Mortágua, a líder do PAN disse que é fundamental "salvaguardar que direitos adquiridos não são moeda de troca".

Questionada sobre se as forças de esquerda se conseguem manter unidas, Inês Sousa Real respondeu que os portugueses contam "com forças políticas responsáveis moderadas e progressistas como o PAN para lutar para que os seus direitos não sejam uma moeda de troca e para garantir que há matérias sociais que não perdem".

"Neste momento o PAN está a trabalhar e está disponível para dialogar com todas as forças políticas que queiram garantir a preservação dos direitos socais que adquirimos até aqui", continuou.

A coordenadora do PAN não negou, contudo, a possibilidade de entendimentos com a AD, respondendo apenas que ainda não se conhece o programa de Governo.

"É um debate que será feito quando conhecermos o programa do Governo".
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por RTP

Novas remessas de votos podem ultrapassar os 54 mil boletins

Inicialmente previa-se que se contassem cerca de 40 mil votos, mas esta amanhã chegaram novas remessas. Prevê-se agora que se registem mais 54 mil boletins. No entanto, podem aparecer ainda novas remessas e atrasar o processo de contagem.
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por RTP

Mais de 52 mil votos ainda por contar

Para este terceiro dia de contagem de votos, há ainda 53.722 votos por registar e validar, se for caso disso. À semelhança do que aconteceu segunda-feira, na terça-feira 40 por cento destes votos foram considerados nulos.

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Ponto de situação
por RTP

O fim do escrutínio

No primeiro dia, foram apurados mais de 147 mil votos no Centro de Congressos de Lisboa. Na terça-feira, foram mais 117 mil. Há ainda algumas dezenas de milhares de votos por contar.

As remessas de boletins de voto continuam a chegar esta quarta-feira, por correio, até às 17h00. De acordo com os prazos legais, os resultados oficiais só vão ser publicados em Diário da República na sexta-feira. Mas a distribuição dos quatro mandatos destes círculos eleitorais deverá ser conhecida já na próxima noite.

O Chega deverá mesmo eleger dois deputados pelos círculos eleitorais da emigração - um pela Europa e outro pelo círculo fora de Europa. Os votos dos portugueses que residem no continente europeu deverão resultar na eleição de um deputado do partido de André Ventura e outro do PS. Já os votos de quem votou no resto do mundo, a manter-se a tendência dos últimos dias, dará lugar a um mandato para o Chega e outro para a Aliança Democrática.

A reeleição do ainda presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, está assim em risco.

O porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, já veio indicar que os resultados não devem ser conhecidos antes das 19h00.
Última audiência em Belém

O presidente da república recebe também esta quarta-feira o número um da Aliança Democrática. A coligação que junta PSD, CDS e PPM é a última força política a ir ao Palácio de Belém.

A ronda de audiências com os partidos que elegeram deputados começou na semana passada.

No final da reunião, Luís Montenegro deverá ser indigitado para formar governo. 
Convergências à esquerda
Bloco de Esquerda e PAN vão reúnem-se esta quarta-feira num primeiro encontro das esquerdas. O repto foi lançado por Mariana Mortágua na sequência do ato eleitoral.

Todos os partidos aceitaram o convite da coordenadora do Bloco.

O primeiro encontro vai decorrer na sede do PAN com a presença de Mariana Mortágua e de Inês Sousa Real As reuniões com PS, PCP e Livre ainda não têm data marcada.
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Momento-Chave
por RTP

Contados mais de dois terços dos votos da emigração

Foto: António Pedro Santos - Lusa

Os números provisórios indicam Chega a alcançar dois deputados, AD um e PS também um. Augusto Santos Silva, o ainda presidente da Assembleia da República, pode ficar fora do Parlamento na próxima legislatura.

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por Paulo Alexandre Amaral - RTP

Audiência em Belém. Pedro Nuno Santos mantém intenção de liderar a oposição e deixar governo para Montenegro

Foto: Manuel de Almeida - Lusa

Pedro Nuno Santos mostrou-se disponível para viabilizar um Orçamento Retificativo que permita as medidas necessárias para resolver as questões que afetam as forças de segurança e os professores, além de outros problemas na administração pública. De resto, o novo secretário-geral do PS mantém o posicionamento que anunciou na noite das eleições de não contemplar a possibilidade de constituir governo. Face ao decorrer da contagem dos votos dos círculos da emigração, “a declaração que fiz no domingo passado mantém-se (…) e por isso chegamos a esta audiência com o presidente da República sem uma solução de governo”, afirmou o líder socialista à saída daquela que foi a reunião de Marcelo Rebelo de Sousa com os líderes partidários mais longa até ao momento, com a duração de duas horas.

"A declaração que fiz no domingo passado mantém-se. Está em curso a contagem dos círculos da emigração e não se prevê alteração dos resultados de domingo e por isso chegámos a esta audiência com o senhor presidente da República sem uma solução de governo apoiada por uma maioria. Esse é o facto mais relevante: o país precisa de um governo estável e o PS não tem uma maioria para apresentar", declarou Pedro Nuno Santos.

Dizendo que Luís Montenegro já se apresentou como vencedor, o lider socialista disse que é expectável que Montenegro venha a se indigitado para formar governo e a apresentar essa solução de governo estável, um cenário em que "o Partido Socialista será a oposição, a alternativa democrática, ao governo da AD".

Nesse sentido, reafirmou, sendo uma oposição responsável, o PS "não seria uma alternativa democrática, nem conseguiríamos liderar a oposição, se fôssemos o suporte da AD, o que não será".

O novo secretário-geral socialista ressalvou, no entanto, que o PS fará uma oposição responsável na qual não estão excluídos entendimentos pontuais em assuntos em que as visões das duas forças possam convergir. Deu aqui como exemplo o consenso durante a campanha na necessidade de "valorizar as carreiras e as grelhas salariais de alguns grupos profissionais da Função Pública".

Considerando que "o anterior governo deixou condições financeiras para dar esse passo em frente", Pedro Nuno Santos diz estar "disponível para encontrar com o governo uma solução até ao verão para que estes profissionais tenham a sua situação resolvida, e estamos a falar dos professores, das forças de segurança, dos profissionais de saúde, não só dos médicos, e dos oficiais de justiça".

Para isso, "estamos disponíveis para ratificar um Orçamento Retificativo" para acomodar todas estas "matérias de consenso" e resolver questões que são tranversais a todos. O PS "não estaria confrontado com a votação de uma iniciativa ou de um orçamento com propostas com as quais não concorda", porque esse orçamento retificativo ficaria limitado "às matérias sobre as quais existe um amplo consenso junto dos partidos políticos com representação parlamentar".

"Eu próprio farei o contacto com o líder da coligação para disponibilizar, para demonstrar esta disponibilidade do PS, indicarmos mesmo dois nomes que possam, no prazo de 30 dias, construir um acordo que nos permita encontrar uma solução até ao verão para resolvermos a situação destes profissionais da administração pública, ainda antes do início das férias de verão", acrescentou o líder socialista.

Já em relação ao Orçamento do Estado para o próximo ano, Pedro Nuno Santos diz que a distância entre os dois partidos torna esse cenário "praticamente impossível", já que "um orçamento geral do Estado é uma declinação dos programas eleitorais e os programas dos partidos são muito diferentes. O próprio líder da AD disse numa entrevista durante a campanha que a distância do programa do PS para com a AD era tanta que não se via a viabilizar um programa do Partido Socialista - e nós achamos o mesmo".

Pedro Nuno Santos deu ainda uma segunda razão para este mais do que provável voto contra, uma razão de ordem democrática: o PS deve liderar a oposição e não o pode fazer comprometido com um Orçamento da AD.
A audiência de Pedro Nuno Santos sucede à do líder do Chega, André Ventura, numa altura em que se ensaiam cenários governativos à direita, com o PSD enquanto partido charneira da nova AD a sublinhar o “não” a uma ligação governativa com o partido de Ventura.

A resposta às dúvidas sobre o elenco governativo deverá começar a ser dada amanhã, quarta-feira, quando Luís Montenegro, líder da AD, for recebido em Belém, no que será a última visita à residência oficial da Presidência antes de – conhecidos os resultados dos círculos da emigração, Europa e Fora da Europa – Marcelo Rebelo de Sousa anunciar quem chama para formar governo: Luís Montenegro ou Pedro Nuno Santos.

O cenário está em suspenso desde a noite eleitoral de 10 de março, quando Pedro Nuno Santos admitia que o PS não tinha ganho as legislativas antecipadas e passaria assim para o lado da oposição.

Montenegro discursaria depois do líder socialista, falando de vitória mas sempre num discurso quase apagado em que faltava um tom de festa. A razão estava na diferença de dois deputados que dão vantagem à contabilização da AD (PSD/CDS-PP), mas que é uma aritmética sujeita à alteração na liderança caso os socialistas assegurem os mandatos necessários na contagem dos votos da emigração, que só estará concluída amanhã.
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"A direita tem saudades do termo retificativo", diz Ana Catarina Mendes

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares diz estar expectante para ver qual a estabilidade que a Aliança Democrática vai trazer ao país. Ana Catarina Mendes critica a ideia de um orçamento retificativo.

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Marcelo recusa comentar palavras de André Ventura

Marcelo Rebelo de Sousa não comenta as palavras de André Ventura que garantem que o presidente não se opõe à participação do Chega num futuro governo. André Ventura assegurou ontem que o chefe de Estado desmentiu a notícia do Expresso.

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