Tribunal Constitucional. 40 anos a cumprir o futuro

por RTP |

Nos 40 anos do Tribunal Constitucional, revisitamos leis que mexeram com Portugal, e cuja constitucionalidade o Tribunal verificou.

São acórdãos que abordam temas fraturantes que mudaram a vida dos portugueses: desde a interrupção voluntária da gravidez, extinção do Serviço Nacional de Saúde, doação de órgãos, aos direitos iguais para filhos nascidos fora e dentro do casamento, passando pelo ensino religioso nas escolas públicas, pelo direito de voto, pela investigação da paternidade, até ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Um retrato cronológico de Portugal pós-25 de Abril de 1974.

Uma série da jornalista Silvia Alves, com imagem e edição de Gonçalo Ribeiro e Nuno Patrício, grafismo de Teresa Martins e Sara Piteira e produção de Ana Dias.


A seguir à revolução de 1974/75, a sociedade portuguesa adoptou um conjunto de medidas legislativas claramente progressistas e emancipatórias. No fundo, medidas que expunham uma realidade até aí mantida invisível: o aborto, a falta de acesso a serviços de saúde e educação, a violência doméstica, os abusos sobre crianças.
Manter esse progresso legislativo é uma das tarefas da democracia.
Garantir que a lei é cumprida e impedir um recuo civilizacional, também.
Como guardião da Constituição, que papel tem um Tribunal Constitucional?


Breve história do Tribunal Constitucional
Desde 1975, que se defendia explicitamente a criação de um tribunal constitucional. Nos projetos de Constituição, tanto Jorge Miranda, quanto Francisco Lucas Pires, apontavam para a criação desta instituição.