O candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves condenou hoje qualquer forma de violência, ameaça ou coação, venham de onde vierem, dirijam-se a candidatos, jornalistas ou quaisquer outros cidadãos.
O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) recorreu ao Twitter para reagir ao protesto que se verificou hoje contra o candidato presidencial do Chega, André Ventura, que foi apedrejado à saída de um comício da campanha eleitoral em Setúbal.
"Condeno totalmente qualquer forma de violência, ameaça ou coação, venham de onde vierem, dirijam-se a candidatos, jornalistas ou quaisquer outros cidadãos", escreveu Tiago Mayan Gonçalves.
André Ventura foi apedrejado à saída de um comício no Cinema Charlot, em Setúbal, por algumas dezenas de manifestantes, na sua maioria cidadãos de etnia cigana, alguns dos quais exibindo cartazes com o rosto da candidata Ana Gomes.
O corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública esteve no local e usou da força para dispersar os manifestantes, em ambiente de grande tensão.
Fonte da PSP no local disse à Lusa que foi detido um dos manifestantes.
Logo após o arremesso de pelo menos uma pedra e outros objetos, os seguranças privados de André Ventura protegeram o candidato presidencial até ao interior de uma viatura, que arrancou do local.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para domingo e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina na sexta-feira. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), o ex-militante do PS Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans e presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).