Sondagem. PSD com ligeira vantagem sobre PS nas intenções de voto
O PS e o PSD estão lado a lado num empate técnico no que respeita às intenções de voto dos portugueses, com ligeira vantagem para os social-democratas (33% para 32%), de acordo com uma sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público. Em ligeira queda estão o Chega e a IL, quando os números de agora são comparados com uma sondagem de há meio ano.
Traduzindo as intenções diretas de voto em estimativa de resultados eleitorais, o PSD (33%) apresenta-se à frente do PS (32%). Há aqui a recuperação de dois pontos percentuais pelos social-democratas, enquanto que os socialistas mantêm a fasquia de há meio ano, na sondagem de fevereiro, e o que estas percentagens nos dizem é que qualquer dos partidos poderia sair vencedor nas eleições, fossem elas agora.
À questão sobre a intenção de exercer o direito de voto caso houvesse agora eleições, 77% dos inquiridos respondeu que “de certeza que iria votar” contra os apenas 4% que “de certeza não iriam votar”.
Os investigadores da Católica advertem porém que estas respostas não tornam “possível prever um valor para a abstenção. Sabemos que entre as pessoas que aceitaram participar na sondagem, 77% dizem que vão votar de certeza. Mas podemos também assumir que essa percentagem será bem menor entre aqueles que não aceitaram participar. É habitual e compreensível que as percentagens do gráfico sejam bem diferentes do que se encontraria numa eleição real. Sabemos que a percentagem de abstencionistas será sempre superior às percentagens que se encontram neste tipo de inquéritos. Isso acontece porque muitos dos abstencionistas não aceitam sequer responder a inquéritos políticos”.
Este inquérito foi realizado pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena1 e Público entre os dias 6 e 15 de julho de 2023. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1006 inquéritos válidos, sendo 45% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 32% da região Norte, 20% do Centro, 34% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 29%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1006 inquiridos é de 3,1%, com um nível de confiança de 95% (Algumas perguntas foram colocadas apenas a uma subamostra de 656 entrevistados. Nestes casos, a margem de erro máxima é de 3,8%).