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Sondagem presidenciais. Marcelo reeleito à primeira volta com 68% dos votos

por Mariana Ribeiro Soares - RTP
Reuters

Uma sondagem da Católica-CESOP para a RTP e para o jornal Público aponta que Marcelo Rebelo de Sousa seria reeleito presidente da República com 68 por cento dos votos se as eleições fossem hoje. Ana Gomes mantém o segundo lugar, com 13 por cento das intenções de voto, seguindo-se André Ventura, com oito por cento dos votos.

A sondagem indica que o atual presidente da República seria facilmente reeleito à primeira volta se as eleições fossem hoje. Segundo o relatório, 45 por cento dos inquiridos tencionam votar em Marcelo Rebelo de Sousa, o que lhe atribuiria 68 por cento dos votos expressos.

A socialista Ana Gomes surge em segundo lugar, com 13 por cento das intenções de voto, seguindo-se o candidato do Chega, André Ventura, com oito por cento dos votos. Os candidatos do PCP, João Ferreira, e do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, surgem com a mesma percentagem de votos (cinco por cento). Em último lugar (um por cento) está Tiago Mayan Gonçalves, candidato do Iniciativa Liberal.

Apesar da clara vantagem de Marcelo Rebelo de Sousa, é expectável que até ao dia das eleições a sua percentagem desça, subindo a de outros candidatos, como aconteceu em eleições anteriores. Em dezembro de 2015, uma sondagem do CESOP apontava que o atual presidente da República contava com 62 por cento dos votos, mas foi eleito com 52 por cento.

Segundo a sondagem, entre os eleitores do BE nas legislativas, 28 por cento tencionam votar em Marcelo Rebelo de Sousa e 13 por cento em Marisa Matias. A candidata Ana Gomes surge, inclusivamente, com uma maior percentagem de votos do que a própria candidata bloquista (17 por cento).

Do lado do PS, 66 por cento do eleitorado pensa votar no atual presidente, enquanto Ana Gomes – a socialista que apresentou a candidatura sem o apoio do partido – recebe apenas sete por cento dos votos.

Entre o eleitorado do PCP, a maioria (38 por cento) pensa votar no candidato apoiado pelo partido, João Ferreira. Porém, Marcelo surge com uma percentagem significativa das intenções de voto no eleitorado comunista: 32 por cento.

Já no Chega, André Ventura tem uma larga vantagem, com 72 por cento dos votos que obteve nas legislativas.
O candidato do partido de extrema-direita apenas perde 13 por cento dos votos para o atual chefe de Estado. Mas também essa aparente solidez do eleitorado do Chega deve ser relativizada, por estar neste caso a ser comparada com uma eleição em que aquele partido estava precisamente a estrear-se e apenas recolheu a votação do seu núcleo duro inicial.

Do Iniciativa Liberal, 30 por cento do eleitorado pondera votar em Marcelo Rebelo de Sousa, mais cinco por cento dos votos que receberia o candidato do partido, Tiago Mayan Gonçalves.

Mais de metade (55 por cento) do eleitorado do PAN respondeu não saber a quem confiar o voto e 23 por cento pensa votar em Marisa Matias. Ainda segundo a sondagem, 18 por cento do eleitorado do partido Pessoas-Animais-Natureza tenciona votar em Marcelo. Ou seja, Marisa Matias sai-se melhor no confronto com Marcelo junto do eleitorado do PAN do que junto do eleitorado do BE.Se as eleições fossem hoje, Marcelo receberia também 69 por cento dos votos do eleitorado do PSD.

A pouco mais de um mês das eleições presidenciais, 66 por cento dos inquiridos confirmaram que vão votar “de certeza” e apenas dois e quatro por cento responderam que “não tencionam ir” ou “de certeza que não vão votar”, respetivamente.

Para além disso, 71 por cento dos participantes no inquérito (realizado entre 4 e 11 de dezembro deste ano) responderam não ter qualquer receio de se deslocarem às urnas tendo em conta o atual cenário de pandemia e 91 por cento respondeu não colocar a hipótese de não votar por este motivo.

Ficha Técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP Universidade Católica Portuguesa para a RTP e para o Público entre os dias 4 e 11 de dezembro de 2020 O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel e telefone fixo, também ela gerada de forma aleatória Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar Foram obtidos 1315 inquéritos válidos, sendo 48 dos inquiridos mulheres, 30 da região Norte, 20 do Centro, 36 da A M de Lisboa, 6 do Alentejo, 4 do Algarve, 2 da Madeira e 2 dos Açores Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral e nas estimativas do INE A taxa de resposta foi de 34 A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1315 inquiridos é de 2 7 com um nível de confiança de 95%. 

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