Quatro meses após as últimas eleições legislativas e poucas semanas depois das eleições europeias, a sondagem da Universidade Católica para a RTP dá um empate técnico entre as duas principais forças políticas com ligeira vantagem para os socialistas. PS e AD continuam a reunir grande parte das intenções de voto, agora de forma ainda mais significativa. Outro dos destaques desta sondagem é a descida do Chega, com menos 5 pontos percentuais em relação à sondagem realizada em maio, bem como uma ligeira subida da Iniciativa Liberal.
A sondagem da Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público revela um fosso cada vez mais significativo entre as duas principais forças políticas e os restantes partidos. Em conjunto, PS e AD somam 64 por cento das intenções de voto, mais cinco pontos percentuais do que em maio último.
O PS sobe em relação à última sondagem, tendo agora 33 por cento na estimativa de resultados eleitorais, quando em maio alcançava os 29 por cento. A Aliança Democrática surge logo depois, com 31 por cento de votos, mais um ponto percentual do que há dois meses.
Esta sondagem da Universidade Católica admite uma situação de empate técnico tento em conta as margens de erro destas estimativas, com o PS a arrecadar entre 30 e 36 por cento dos votos e a AD com um resultado entre os 28 e os 34 por cento.
“A diferença que encontramos entre PS e AD não é estatisticamente significativa”, lê-se neste inquérito.
O Chega, por sua vez, continua a ser a terceira força política, mas esta sondagem revela uma queda abrupta desde a sondagem de maio. O partido tem atualmente com 14 por cento na estimativa de resultados, menos 5 pontos percentuais em relação ao último inquérito.
Já a Iniciativa Liberal apresenta uma ligeira subida, de 5 por cento para 7 por cento na estimativa de resultados eleitorais.
O Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa ressalva, no entanto, que tanto no caso do Chega como da Iniciativa Liberal, as alterações de resultados terão de ser confirmadas em sondagens posteriores. A sondagem da Universidade Católica divulgada esta segunda-feira revela também que uma maioria acredita que Governo não cumprirá a legislatura, mas são menos do quem em maio. Conclui ainda que a popularidade de Marcelo se mantém longe dos níveis do primeiro mandato.
Em relação aos restantes partidos, esta sondagem apresenta resultados muito parecidos aos da sondagem anterior. Todos mantêm a estimativa de resultados eleitorais, à exceção do Livre, que passa de 5 por cento para 3 por cento.
Nesta sondagem, a estimativa de resultados eleitorais é calculada com base na intenção direta de voto. Destaque, neste ponto, para a elevada percentagem de inquiridos que se assume indeciso: 17 por cento respondeu que “não sabe” quando questionado sobre que partido receberia o seu voto. Há dois meses, apenas 10 por cento dos inquiridos davam a mesma resposta.
Tendências sociodemográficas do voto
A sondagem agora divulgada revela que, entre o sexo feminino, opta-se sobretudo pelo PS (26 por cento), logo seguido pela AD (23 por cento). Destaque também parta o elevado número de indecisos (20 por cento responde que não sabe em quem votaria).
Já entre o sexo masculino, a AD surge em primeiro lugar (22 por cento), seguida do PS (20 por cento) e depois o Chega (16 por cento). Há 12 por cento de inquiridos deste segmento que admite que não sabe em quem votaria.
Ao nível etário, entre os eleitores na faixa etária 18-34 anos a AD é a força política mais votada, com 18 por cento. Há 17 por cento de indecisos, seguindo-se o Chega, com 14 por cento e só depois o PS, com 12 por cento.
Nos inquiridos entre os 35 e os 64 anos, PS e AD surgem empatados com 23 por cento e 19 por cento assumem-se como indecisos.
Por fim, para os eleitores acima dos 65 anos, o PS é o partido mais votado (31 por cento) seguido da AD, com 23 por cento. Nesta faixa etária há 13 por cento de indecisos.
No último indicador sociodemográfico desta sondagem, o da escolaridade, os eleitores que têm até ao 3º ciclo optam sobretudo pelo PS, com 30 por cento. Segue-se a AD com 18 por cento e há 15 por cento de indecisos.
Para os inquiridos com o ensino secundário, 21 por cento afirma que votaria no PS e 20 por cento escolheria a AD. Outros 20 por cento assumem que não sabem em quem votariam.
Já entre os inquiridos com o ensino superior, grande parte afirma que escolheria a AD (28 por cento) e 19 por cento diz optar pelo PS. Há 14 por cento de indecisos neste segmento.
Transferência de voto desde as eleiçõesA sondagem agora divulgada revela que, entre o sexo feminino, opta-se sobretudo pelo PS (26 por cento), logo seguido pela AD (23 por cento). Destaque também parta o elevado número de indecisos (20 por cento responde que não sabe em quem votaria).
Já entre o sexo masculino, a AD surge em primeiro lugar (22 por cento), seguida do PS (20 por cento) e depois o Chega (16 por cento). Há 12 por cento de inquiridos deste segmento que admite que não sabe em quem votaria.
Ao nível etário, entre os eleitores na faixa etária 18-34 anos a AD é a força política mais votada, com 18 por cento. Há 17 por cento de indecisos, seguindo-se o Chega, com 14 por cento e só depois o PS, com 12 por cento.
Nos inquiridos entre os 35 e os 64 anos, PS e AD surgem empatados com 23 por cento e 19 por cento assumem-se como indecisos.
Por fim, para os eleitores acima dos 65 anos, o PS é o partido mais votado (31 por cento) seguido da AD, com 23 por cento. Nesta faixa etária há 13 por cento de indecisos.
No último indicador sociodemográfico desta sondagem, o da escolaridade, os eleitores que têm até ao 3º ciclo optam sobretudo pelo PS, com 30 por cento. Segue-se a AD com 18 por cento e há 15 por cento de indecisos.
Para os inquiridos com o ensino secundário, 21 por cento afirma que votaria no PS e 20 por cento escolheria a AD. Outros 20 por cento assumem que não sabem em quem votariam.
Já entre os inquiridos com o ensino superior, grande parte afirma que escolheria a AD (28 por cento) e 19 por cento diz optar pelo PS. Há 14 por cento de indecisos neste segmento.
A respeito da transferência de voto entre as anteriores legislativas e o momento atual, destaca-se desde logo a percentagem de eleitores que não votou em março e assume que, caso houvesse hoje novas eleições, não saberia em quem votar: 36 por cento.
Outros eleitores que se abstiveram assumem que entregariam agora o seu voto ao PS (18 por cento) ou à AD (16 por cento).
De resto, entre os votantes da AD nas últimas eleições, 76 por cento assumem que manteriam o seu voto na mesma força política, enquanto 8 por cento não saberiam em quem votar. Já entre os eleitores do PS, 80 por cento manteriam o voto, mas 15 por cento se assumem como indecisos.
O Chega mantém 67 por cento dos seus votos, mas 18 por cento assumem-se agora indecisos e outros 8 por cento votariam na AD. A Iniciativa Liberal manteria apenas 60 por cento dos votos recolhidos em março, com 15 por cento a assumir-se agora como indeciso e 8 por cento a desembocar na AD.
O Bloco de Esquerda mantém 67 por cento dos votos, ao mesmo tempo que perde 18 por cento para os indecisos e 9 por cento para o PS. Já a CDU é a força política que mais retém os seus votantes (88 por cento), mas 8 por cento assume que votaria agora no PS.
Entre os eleitores do Livre, 60 por cento mantêm-se com o partido, mas 16 por cento assumem-se agora como indecisos e outros 16 por cento votariam no PS. Finalmente, o PAN mantém 64 por cento, mas 36 por cento dos eleitores diz agora que não saberia em quem votar.
Ficha Técnica:
Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 7 e 13 de julho de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 957 inquéritos válidos, sendo 48% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 30% da região Norte, 20% do Centro, 36% da A.M. de Lisboa, 5% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, região e comportamento de voto com base nos dados do recenseamento eleitoral e das últimas eleições legislativas. A taxa de resposta foi de 21%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 957 inquiridos é de 3,2%, com um nível de confiança de 95%.
*Foram contactadas 3581 pessoas. De entre estas, 957 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.