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Sondagem da Universidade Católica. Popularidade de Marcelo mantém-se longe dos níveis do primeiro mandato

por Inês Moreira Santos - RTP
Foto: Filipe Amorim - Lusa

O presidente da República voltou a ter uma avaliação negativa por parte dos portugueses, de acordo com a sondagem do Cesop - Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1. A popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa começou a descer em 2023 e em maio deste ano chegou pela primeira vez a valores negativos. Embora se mantenha abaixo de 10, a avaliação média ao chefe de Estado melhorou ligeiramente. A mesma sondagem avaliou as relações institucionais com o primeiro-ministro, indicando que grande parte acredita que estão iguais comparativamente à um ano, quando ainda estava António Costa no Governo.

“Neste momento, a avaliação média está em 9,7”, é revelado nos resultados da sondagem.

À pergunta “como avalia este segundo mandato do presidente Marcelo Rebelo de Sousa?”, numa escala de 0 a 20, os inquiridos deram 9,7. Na avaliação realizada também pela Universidade Católica, em maio deste ano, a avaliação foi de 9,4, o que representa agora uma ligeira subida que mais se aproxima de uma avaliação positiva (valor igual ou superior a 10).



No entanto, apesar da avaliação média, o presidente “continua a receber nota positiva da maioria dos inquiridos”, mais concretamente de 60 por cento dos inquiridos.

Numa sondagem realizada em 2016, ainda no início do primeiro mandato, o presidente foi avaliado positivamente, numa média de 16,3, por 97 por cento dos inquiridos. E ao longo do primeiro ano do segundo mandato o chefe de Estado foi mantendo os níveis de popularidade e reconhecimento elevadíssimos.

Em 2022, seguiu-se um período de descida, com uma avaliação média de 12,9, embora mantivesse “sempre avaliações médias positivas”.

Mas este ano as duas sondagens revelaram que os inquiridos começaram a fazer uma avaliação menos positiva. Há que realçar, no entanto, que as perguntas nas várias sondagens “não são exatamente iguais”, sendo que nesta última se referiam à “avaliação do segundo mandato”.


Apesar da descida verificada nos últimos tempos, “a atual avaliação é, ainda assim, significativamente mais elevada do que a avaliação que a população fazia de Cavaco Silva em idêntico período do segundo mandato”, que tinha um avaliação média de 7,6 com 46 por cento de avaliações positivas, em outubro de 2014.Para além dos resultados sobre o presidente da República, a sondagem desta segunda-feira da Universidade Católica debruça-se também sobre a avaliação que os portugueses fazem ao Governo e aos principais líderes partidários. Faz ainda uma estimativa dos resultados eleitorais, com o PS a obter uma ligeira vantagem face à AD.

Nesta sondagem, as relações entre o presidente da República e o primeiro-ministro foram também avaliadas, comparativamente há um ano com o anterior primeiro-ministro, António Costa.

Cerca de 42 por cento dos inquiridos consideram que as relações institucionais estão iguais comparativamente há um ano, quando o primeiro-ministro ainda era António Costa.

Há ainda 33 por cento das pessoas a considerar que agora as relações entre presidente e primeiro-ministro estão melhores e 13 por cento pensa que pioraram. Do total, 12 por cento não respondeu a esta questão.


Ficha Técnica:
Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 7 e 13 de julho de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 957 inquéritos válidos, sendo 48% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 30% da região Norte, 20% do Centro, 36% da A.M. de Lisboa, 5% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, região e comportamento de voto com base nos dados do recenseamento eleitoral e das últimas eleições legislativas. A taxa de resposta foi de 21%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 957 inquiridos é de 3,2%, com um nível de confiança de 95%.

*Foram contactadas 3581 pessoas. De entre estas, 957 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.
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