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Sondagem da Católica. Maioria responsabiliza Luís Montenegro pela crise política

por Joana Raposo Santos - RTP
60% disseram que Luís Montenegro não fez bem em manter a empresa Spinumviva na família enquanto primeiro-ministro Foto: José Coelho - Lusa

Mais de metade dos inquiridos na última sondagem do CESOP - Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público consideram que o maior responsável pela atual crise política é o primeiro-ministro. A grande maioria acredita também que Luís Montenegro não deu todos os esclarecimentos necessários acerca da polémica em torno da sua empresa, a Spinumviva.

Para 51% dos participantes no mais recente inquérito, conhecido esta semana, o primeiro-ministro foi o principal responsável pela crise política.

Outros 20% consideram que é Pedro Nuno Santos, enquanto 5% responderam André Ventura. Quatro por cento apontaram Marcelo Rebelo de Sousa como o responsável.
Questionados sobre se Luís Montenegro esclareceu tudo o que era necessário acerca da polémica relacionada com a empresa Spinumviva, 69% dos inquiridos consideraram que não e 25% responderam afirmativamente.

No mesmo sentido, 60% disseram que Luís Montenegro não fez bem em manter a empresa na família enquanto exercia as funções de primeiro-ministro, enquanto 32% defenderam que fez bem.
Os inquiridos foram também convidados a indicar se achavam que o Governo de Montenegro fez bem ao apresentar a moção de confiança que acabou por levar à queda do Executivo: 57% responderam que “seria melhor não ter apresentado”, enquanto 37% disseram que “fez bem em apresentar”.

À pergunta “o PS fez bem em votar contra ou teria sido melhor deixar passar a moção de confiança?”, as respostas foram divididas: 47% consideraram que fez bem e 46% acharam que teria sido melhor deixar passar.Na sondagem, 44% dos entrevistados disseram ter acompanhado com “algum interesse” e 36% com “muito interesse” a polémica em torno da empresa de Luís Montenegro.

Colocados perante duas hipóteses sobre a melhor solução para o país, a resposta foi igualmente equilibrada: 47% responderam que seria a “dissolução da Assembleia da República e convocação de novas eleições” e 46% disseram que seria a “demissão de Luís Montenegro e nomeação de um outro primeiro-ministro da área do PSD”.

Por fim, na opinião de 39% dos participantes foi o Partido Socialista o partido que mais quis ir para estas eleições, enquanto 24% pensam que foi a Aliança Democrática e 23% que foi o Chega.



Ficha técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 17 e 26 de março de 2025. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1206 inquéritos válidos, sendo 43% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 31% da região Norte, 21% do Centro, 33% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, região e comportamento de voto com base nos dados do recenseamento eleitoral e das últimas eleições legislativas. A taxa de resposta foi de 29%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1206 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.

*Foram contactadas 4177 pessoas. De entre estas, 1206 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.
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