Sondagem Católica. Maioria aponta para vitória da AD e prefere Montenegro como primeiro-ministro
A duas semanas das legislativas, uma sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público mostra que a Aliança Democrática (AD) é a força partidária que recolhe mais intenções de voto e é apontado pela maioria como provável vencedora das eleições de 10 de março. Apesar de considerarem que Pedro Nuno Santos ganhou o debate contra Montenegro, a maioria dos inquiridos considera que o líder do PSD seria um melhor primeiro-ministro.
De acordo com a sondagem desta sexta-feira da Universidade Católica, 27% da população inquirida admite que marcaria um X na coligação PSD/CDS/PPM no boletim de voto, mais quatro pontos percentuais em relação à última sondagem, de 5 de fevereiro.
Convertendo estas intenções de voto em estimativas de resultados eleitorais, estas percentagens traduzir-se-iam numa vitória para uma AD com 35% dos votos (mais três pontos percentuais do que nas últimas sondagens).
Questionados sobre quem seria melhor primeiro-ministro, 46% dos 1284 inquiridos votaram em Luís Montenegro e 34% em Pedro Nuno Santos. Vinte por cento disse não saber ou não respondeu.
A maioria (77%) viu pelo menos um debate. Vinte por cento admite ter visto “um ou dois”, 13% “menos de metade” e 14% diz ter acompanhado “quase todos”. Apenas 5% dos inquiridos diz ter visto todos os debates.
Mais indecisos entre o eleitorado que votou à esquerda
Após estudar para onde estão a ir os votos de 2022 e qual a probabilidade dos eleitores de votarem nos vários partidos, a sondagem da Católica conclui que há uma maior indecisão entre o eleitorado que votou à esquerda nas últimas legislativas em comparação com o eleitorado que votou à direita.
Dos eleitores que hoje votariam no PS, 57% votou no Partido Socialista há dois anos e 21% no Bloco de Esquerda.
Entre os votantes do PS em 2022, 49% consideram “muito provável” voltar a atribuir o voto aos socialistas nestas eleições e 46% “nada provável” votar na AD.
Já os eleitores que votaram PSD ou CDS em 2022 são mais unânimes na rejeição de um voto no PS – 70% responde que é “nada provável” votar nos socialistas e 61% diz ser “muito provável” colocar um X na AD.
No caso da Aliança Democráticas, 74% dos eleitores que admitem votar agora na coligação atribuíram o voto ao PSD há dois anos, 71% ao CDS e 26% à Iniciativa Liberal.
O Chega é o partido que mais retém o seu eleitorado de 2022 (86%) e continua a ser aquele que mais voto vai buscar à abstenção (21%).