Sondagem da Universidade Católica. Maioria acredita que Governo não cumprirá a legislatura, mas são menos do que em maio
A sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público mostra que 55% dos inquiridos considera que o mais provável é que haja eleições antecipadas e 40 por cento considera que o Governo vai cumprir o mandato até ao fim. No entanto, e face aos resultados da sondagem de maio deste ano, são agora mais os inquiridos a acreditar no cumprimento do mandato até ao fim. Uma esmagadora maioria considera mesmo que o melhor para o país era a legislatura ser cumprida. Na análise à atuação dos líderes políticos, é Luís Montenegro que se destaca nas avaliações positivas, conquistado 77% de avaliações favoráveis. André Ventura é o que regista uma pior avaliação.
Em sentido inverso, há mais quem expresse convicção na continuidade do Governo. Em maio, eram 25% dos inquiridos que acreditavam que o executivo cumprisse a legislatura. Agora, nesta sondagem, o número aumenta para os 40%.
Entre as duas sondagem, há menos inquiridos a "Não saber/Não responder". Eram 11% em maio, são agora 5%.
Por partidos, 92% dos eleitores votantes na AD considera que a legislatura deveria ser cumprida até ao fim e apenas 7% considera que devia haver eleições.
Entre os votantes do PS, aumenta a percentagem do que pensam que deveria haver eleições antecipadas (26%). 71 por cento considera que deverá a legislatura seguir os quatro anos.
Já entre os votantes do Chega, 63% considera que Governo deveria aguentar a legislatura, enquanto 32% expresse preferência por eleições antecipadas. A sondagem desta segunda-feira, divulgada pela Universidade Católica, revela também que o PS está com uma ligeira vantagem sobre a AD na estimativa das intenções de voto e que a popularidade do presidente da República se mantém longe dos níveis do primeiro mandato.
Avaliando o desempenho do Governo, 57% dos inquiridos é da opinião de que é “Razoável”. 14% considera o desempenho “Mau” e 6% “Muito Mau”. Para 16 por cento, o desempenho foi “Bom” e para apenas 2 por cento foi “Muito Bom”.
Em relação à sondagem de maio, há mais gente a considerar a atuação “Razoável” (era em maio de 51%) e há menos inquiridos a considerar o desempenho “Mau” ou “Muito mau”. (eram, respetivamente, 16% e 8%).
Montenegro à frente, Pedro Nuno depois, Ventura no fundo da tabela
Pedindo aos inquiridos uma avaliação dos políticos, o líder do PSD e atual primeiro-ministro está à frente em termos de avaliações positivas (77%) e uma avaliação média de 11,4 numa escala entre 0 a 20 valores. É o único político com avaliação positiva nesta escala. As avaliações positivas (%) resultam da divisão do número de avaliações positivas (iguais ou superiores a 10) pelo número total de avaliações.
O líder socialista, Pedro Nuno Santos, consegue uma percentagem de 60% de avaliações positivas e uma nota de 9,6 valores.
Em termos de avaliação média, André Ventura é aquele que tem uma avaliação média mais baixa, com 6,6 valores (numa escala de 0 a 20 valores) e 33% de avaliações positivas.
Rui Rocha (Iniciativa Liberal) tem uma avaliação de 9 valores (54% de avaliações positivas). Rui Tavares, do Livre, consegue 8,7 valores (49% de avaliações positivas), Mariana Mortágua (BE) tem 8,3 valores (44% de avaliações positivas), Inês Sousa Real (PAN) tem avaliação média de 7,3 valores (37% de avaliações positivas), enquanto Paulo Raimundo (PCP) tem 7 valores (31% de avaliações positivas).
Apenas os entrevistados que responderam saber quem é determinado político foram convidados a avaliar o seu desempenho. Por exemplo: Luís Montenegro foi avaliado por 95% dos inquiridos, enquanto Rui Rocha foi avaliado por 67%.
Em relação à sondagem de maio, apenas Luís Montenegro consegue melhorar a avaliação. Em maio era de 75% de avaliação positiva (agora é 77%) e a avaliação média era de 11,3 e agora é de 11,4 valores.
Todos os outros líderes partidários conseguem agora avaliações mais baixas do que na sondagem da Católica realizada em maio.
Ficha Técnica:
Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 7 e 13 de julho de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 957 inquéritos válidos, sendo 48% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 30% da região Norte, 20% do Centro, 36% da A.M. de Lisboa, 5% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, região e comportamento de voto com base nos dados do recenseamento eleitoral e das últimas eleições legislativas. A taxa de resposta foi de 21%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 957 inquiridos é de 3,2%, com um nível de confiança de 95%.
*Foram contactadas 3581 pessoas. De entre estas, 957 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.