Sondagem Católica. Luís Montenegro considerado mais competente e confiável
Na sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, a maioria deposita mais confiança no líder do PSD e considera que Luís Montenegro é mais honesto do que Pedro Nuno Santos. No entanto, o secretário-geral do PS é visto como o mais bem preparado para exercer o cargo primeiro-ministro. Neste inquérito, grande parte dos inquiridos desconhece o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, e o líder do Chega, André Ventura, é o nome reconhecido pelo maior número de pessoas. Em relação aos temas que devem ser centrais na campanha eleitoral, a Saúde ocupa de forma destacada o lugar dianteiro.
Luís Montenegro também é considerado o mais apto a defender os interesses do Estado (42 por cento contra 36 por cento) e mais capaz de promover o crescimento económico do país (45 por cento contra 33 por cento), bem como o líder com mais capacidade de resolver os problemas na saúde e educação (42 por cento contra 31 por cento).
No combate à pobreza, os dois líderes apresentam resultados bastante próximos (37 por centro de Luís Montenegro contra 36 por cento de Pedro Nuno Santos). O único campo que o líder do PS surge à frente do líder dos social-democratas é como o mais preparado para exercer o cargo de primeiro-ministro, ainda que a diferença seja mínima (39 por cento contra 38 por cento).
Por fim, Luís Montenegro é considerado pelos inquiridos como o líder que tem mais capacidade para formar um governo com ministros bem preparados e disponíveis para defender os interesses do Estado e dos cidadãos (45 por cento contra 33 por cento de Pedro Nuno Santos).
Na análise aos vários líderes partidários, Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, é o líder mais desconhecido por parte dos inquiridos (56 por cento afirmam não saber de quem se trata), seguido de Rui Tavares, do Livre (44 por cento) e Paulo Raimundo (43 por cento).
André Ventura, do Chega, é o líder mais reconhecido pelo maior número de pessoas (apenas 4 por cento dos inquiridos dizem não saber quem é). Seguem-se Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro (ambos reconhecidos por 8 por cento dos inquiridos).
O líder do PS é considerado “incompetente”, “corrupto”, “mentiroso” por uns e por outros “competente”, “bom (político, ministro, homem…)” e “honesto”. O líder do PSD inspira “confiança”, é “competente”, “honesto” e “bom (político, homem…) e para outros é “pouco” (ativo, capaz, ou credível).
Nesta sondagem para a RTP, Antena 1 e Público, André Ventura é considerado “populista” ou “radical” e os inquiridos consideram que “não é competente” e “fala” (fala muito, fala bem, fala-barato).
Rui Rocha é ainda desconhecido para muitos dos inquiridos e a palavra “não” é a mais referida. Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, é vista como “competente”, “boa" (pessoa, política…), “inteligente” e ainda como alguém que “fala muito”.
Também à esquerda, Paulo Raimundo é desconhecido de muitos inquiridos e a palavra “não” destaca-se nas respostas. Inês Sousa Real, do PAN, também é muito desconhecida, mas é considerada “boa (deputada, pessoa, boas intenções”.
Rui Tavares, também pouco reconhecido pelos eleitores, é associado a palavras como “honesto”, “inteligente”, “competente” ou “bom" (político, rapaz, deputado, homem).
Por fim, em relação aos temas considerados centrais para a campanha eleitoral, os inquiridos colocaram a Saúde em primeiro lugar e com grande destaque (referida por 72 por cento dos inquiridos). Seguiram-se os temas da Educação (referido por 48 por cento) e a Habitação (20 por cento). Justiça, Pobreza, Economia, Segurança e Corrupção fora outras palavras referidas.
Ficha técnica
Este inquérito foi realizado pelo CESOP Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 24 de janeiro e 1 de fevereiro de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1192 inquéritos válidos, sendo 45% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 32% da região Norte, 20% do Centro, 32% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 5% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base nos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 30%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1192 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.
*Foram contactadas 3917 pessoas. De entre estas, 1192 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.