Sessão solene inédita e polémica. Parlamento assinala o 25 de Novembro de 1975

por Carlos Santos Neves - RTP

O Parlamento assinala esta segunda-feira, em sessão solene inédita e controversa, com moldes idênticos ao que acontece no 25 de Abril, os 49 anos do 25 de Novembro de 1975. Acompanhamos aqui, ao minuto, os discursos.

Emissão da RTP3


Pedro A. Pina - RTP

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por RTP

25 de Novembro. Historiadores dividem-se face à sessão solene

RTP Arquivo

A comemoração do 25 de Novembro de 1975 com uma sessão solene na Assembleia da República não reúne consenso. A Antena 1 ouviu dois historiadores a propósito da celebração inédita desta data.

Jaime Nogueira Pinto concorda com a realização da cerimónia, no Parlamento, para assinalar o 25 de Novembro de 1975.
Já a historiadora Irene Pimentel critica esta decisão.
Dois historiadores com visões distintas sobre a comemoração desta data na Assembleia da República.



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Sessão inédita
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Ausências marcam 25 de Novembro no Parlamento

Pela primeira vez em moldes idênticos às comemorações do 25 de Abril, a Assembleia da República assinala esta segunda-feira os 49 anos do 25 de Novembro de 1975. Uma sessão solene que motivou críticas da esquerda, que recusa a equiparação entre as datas.

O início da sessão está marcado para as 11h00, esperando-se intervenções, por ordem crescente, de todas as forças políticas com representação parlamentar, à exceção do PCP, que não estará presente.Vai também discursar o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. E a intervenção final caberá ao presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Cada grupo parlamentar dispõe de cinco minutos e meio para discursar. São menos 30 segundos face às sessões solenes do 25 de Abril. A deputada única do PAN deverá restringir a intervenção a dois minutos.

O limite de tempo não se aplica, todavia, a Marcelo Rebelo de Sousa e a José Pedro Aguiar-Branco.

No Parlamento estarão antigos presidentes, entre os quais o general Ramalho Eanes, figura historicamente associada à data, antigos presidentes da Assembleia da República, antigos primeiros-ministros e o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, além dos presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional.

Partiu do CDS-PP o projeto de resolução a defender a organização anual de uma sessão solene para assinalar o 25 de Novembro. O modelo foi posteriormente aprovado por PSD, Chega, Iniciativa Liberal e CDS-PP e a oposição de todas bancadas da esquerda.O PCP falta à sessão solene, considerando que esta visa "relançar a ofensiva contrarrevolucionária contra Abril". O BE marca presença com um só deputado, que vai intervir para "denunciar a operação de desvalorização do 25 de Abril".


A Associação 25 de Abril, presidida pelo Capitão de Abril Vasco Lourenço, recusou tambem fazer-se representar, argumentando que "a História não pode ser deturpada".

Antigos elementos do Grupo dos Nove, a ala moderada do Movimento das Forças Armadas, como o general Pedro de Pezarat Correia e o coronel Rodrigo de Sousa e Castro, adiantaram à agência Lusa ter igualmente rejeitado o convite, sustentando que a data está a ser deturpada e não pode ser equiparada à Revolução dos Cravos.

A cerimónia tem honras militares, com o hino nacional a ser tocado por duas vezes.

c/ Lusa
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por Teresa Borges - Antena 1

25 de Novembro assinalado no Parlamento com divisões partidárias

Foto: Pedro A. Pina - RTP

Pela primeira vez o 25 de Novembro, passados 49 anos sobre o evento, é assinalado na Assembleia da República com uma sessão solene.

Os partidos da direita aprovaram, contra a vontade da esquerda, a comemoração anual da data, num modelo idêntico à cerimónia do 25 de Abril, mas sem os cravos vermelhos.

A sessão do 25 de Novembro terá direito a discursos e honras militares, mas contará também com lugares vazios nas bancadas dos partidos.

A cerimónia tem início às 11h00 e pode ser acompanhada, em direto, na Antena 1, numa emissão especial a partir do Parlamento.

O 25 de Novembro de 1975 foi uma movimentação militar conduzida por partes das Forças Armadas Portuguesas, cujo resultado levaria mais tarde ao fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC) e a um processo de estabilização da democracia representativa em Portugal.

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25 de Novembro. Portugal esteve à beira da guerra civil

A data divide hoje sectores políticos. O país corria o risco de entrar em guerra civil depois de paraquedistas ligados à extrema-esquerda ocuparem bases áereas.

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PCP vê comemoração do 25 de Novembro como "operação contra os valores de Abril"

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

O PCP já fez saber que não vai estar presente nas celebrações de segunda-feira e acredita que o povo português acompanha o partido nessa decisão. Paulo Raimundo diz que não vai alimentar o que classifica de "grande operação em curso contra os valores de Abril".

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25 de Novembro. Celebração é confirmação da democracia

O líder da iniciativa Liberal acha que a comemoração, pela primeira vez, do 25 de novembro é a confirmação da democracia. Rui Rocha refere que há o memso entusiasmo para celebrar o 25 de Abril ou o 25 de Novembro.

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Aguiar-Branco deposita esperanças na comemoração do 25 de Novembro do próximo ano

A celebração do 25 de Novembro é polémica mas o presidente da Assembleia da República diz que no próximo ano todos vão participar. Aguiar-Branco comenta as ausências da próxima segunda-feira como "emoções imediatas". O PCP não participa e acredita que os portugueses o acompanham nessa decisão.

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