Secretário-geral do Governo. Montenegro afirma que Costa Neves vai "pagar para trabalhar"
O ex-ministro tomou posse como secretário-geral do Governo esta terça-feira. Na cerimónia desta manhã, o primeiro-ministro realçou os "custos pessoais e financeiros" assumidos por Carlos Costa Neves, afirmando mesmo que o responsável vai "pagar para trabalhar", ao auferir um rendimento inferior nesta função em relação ao que receberia "se aqui não estivesse".
De acordo com uma nota do gabinete do primeiro-ministro, Carlos Costa Neves decidiu abdicar das pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações bem como da subvenção mensal vitalícia por ser ex-titular de cargo político.
Carlos Costa Neves foi ministro, deputado e eurodeputado. Agora, assume a função de secretário-geral do Governo. A nova secretaria entrou em funcionamento este ano e faz parte da reforma da Administração Pública que o Governo pretende promover.
A nomeação de Hélder Rosalino suscitou polémica após ter sido noticiado que o consultor teria optado por ser remunerado pelo seu vencimento de origem no Banco de Portugal, superior a 15 mil euros, e não de acordo com a tabela remuneratória única da Função Pública, cujo salário seria na ordem dos seis mil euros.
O Banco de Portugal, que tem autonomia administrativa e financeira, veio esclarecer que não asseguraria o encargo, invocando as regras do Eurosistema sobre a proibição do financiamento monetário.