Santana Lopes avança com candidatura à liderança do PSD

por RTP
Marcos Borga - Reuters

Pedro Santana Lopes vai avançar com a candidatura à liderança do PSD. O antigo primeiro-ministro e ex-presidente do partido já tomou a decisão e deverá anunciá-la nos próximos dias, confirmou a RTP. Os termos exatos e o local do anúncio formal ainda estão a ser ultimados.

A candidatura do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já era dada como certa nas hostes laranjas e foi agora confirmada pela RTP.

O ex-autarca da Figueira da Foz e de Lisboa tenta o regresso a um cargo que ocupou em 2004. Apesar de só ter chegado à liderança uma vez, Santana repetiu as tentativas ao longo das últimas décadas.

Em 1996, perde contra Marcelo Rebelo de Sousa – atual Presidente da República e com quem Santana se reuniu na segunda-feira. Enfrenta Durão Barroso em 2000, mas também sai derrotado. É pela mão do próprio Durão que acaba por chegar à liderança do PSD, quando, em 2004, o então primeiro-ministro português abandona o Governo e o partido para chefiar a Comissão Europeia.
Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Fica pouco tempo. No ano seguinte, Santana perde as legislativas contra José Sócrates e abandona também a liderança social-democrata. “Não vou estar por aqui mas vou andar por aí”, avisa desde já. Em 2008, Santana tenta o regresso à presidência do partido mas perde para Manuela Ferreira Leite.

Agora, em 2017, Santana regressa à corrida, depois de anos como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. É o segundo candidato à liderança do PSD, depois de Rui Rio ter confirmado que vai avançar. O ex-autarca do Porto vai oficializar a candidatura esta quarta-feira em Aveiro.

No universo dos possíveis candidatos segue-se ainda Miguel Pinto Luz, nome lançado por Miguel Relvas há algumas semanas em entrevista ao Expresso. É vice-presidente da câmara de Cascais e liderou a distrital de Lisboa até junho de 2017.
Diretas em janeiro
Na noite de segunda-feira, o Conselho Nacional do PSD decidiu que as eleições diretas se vão realizar a 13 de janeiro.

Pela primeira vez, o candidato mais votado terá de conseguir maioria absoluta para ser eleito presidente. No caso de haver mais de dois candidatos e de nenhum obter mais de metade dos votos a 13 de janeiro, uma segunda volta irá realizar-se no dia 20 de janeiro.

Com novo líder eleito, segue-se o congresso de 16, 17 e 18 de fevereiro, com a inscrição dos delegados a ser realizada até 25 de janeiro.

O secretário-geral do PSD anunciou ainda que o próximo Congresso será também de revisão estatutária: as propostas de alteração devem ser apresentadas até 31 de janeiro. É também até ao fim do primeiro mês de 2018 que devem ser entregues as propostas temáticas para o congresso.
PUB