Rui Tavares e Inês Sousa Real em debate na RTP

por Graça Andrade Ramos, Inês Geraldo, Inês Moreira Santos - RTP

Os líderes do Livre, Rui Tavares, e do PAN, Inês Sousa Real, estiveram esta tarde em debate na RTP. Apesar de a líder do PAN ter começado ao ataque, Rui Tavares lembrou que são mais as matérias que unem PAN e Livre do que aquelas que separam os dois partidos.

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Francisco Romão Pereira - RTP

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Legislativas. Debate entre Rui Tavares (Livre) e Inês Sousa Real (PAN)

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O debate entre Rui Tavares, do partido Livre, e Inês Sousa Real, do PAN.

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Contra sectarismos. Rui Tavares confortável com semelhanças à esquerda

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O líder do Livre diz estar confortável com os paralelismos que existam entre os partidos de esquerda, procurando assim uma luta mais eficaz em causas cruciais "ao nosso futuro como país".

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Entre outras lutas. Inês Sousa Real diz querer prosseguir no caminho contra o negacionismo climático

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A líder do PAN sublinha que o seu partido é o único a lutar contra as touradas, pelo SNS animal ou campanhas de esterilização para combater a sobrepopulação animal. No final do debate com Rui Tavares, líder do Livre, Inês Sousa Real apontou ainda o combate que vem fazendo contra a violência doméstica e sexual.

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Momentos finais do debate

Nos minutos finais, Inês Sousa Real justifica porque os casos levantados sobre os patrimónios de Luis Montenegro e Pedro Nuno Santos são "diferentes" para o PAN, rejeitando eventuais populismos. 

O caso de PNS já tinha sido "denunciado e arquivado, lembrou.

"É um mau sinal para a democracia e para a separação de poderes termos neste momento de eleições o caso ser trazido por denuncia anónima", referiu, acusando Montenegro de ser responsabilidade pela "crise" atual.

"Caberá aos portugueses darem uma resposta cabal", afirmou, afirmando-se de "consciência tranquila" pelo trabalho realizado noutras legislaturas.

Rui Tavares considerou que, como condição do apoio do Livre a um governo, "um primeiro ministro não pode ter uma empresa deste tipo, uma consultora", referindo-se à Spinumviva de Montenegro.

O líder do Livre rejeitou ainda a privatização do SNS, prometeu investimento público "sério e rigoroso" na educação e na habitação, e não ir "em aventuras" e "sermos muito cuidadosos com a execução orçamental".

Defendeu ainda no plano internacional, que o apoio à Ucrânia continue e o reconhecimento da Palestina.




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As reações ao chumbo pelo TC de normas na Lei da morte medicamente assistida

Em reação ao chumbo pelo Tribunal Constitucional, de algumas normas constantes da lei da morte medicamente assistida, Rui Tavares sublinha o respeito pelo estado de direito "em todas as suas dimensões".

"É necessário meditar" sobre a decisão do TC, afirmou, lembrando que "está aí uma nova legislatura". "Para nós, a questão de uma vida digna e da possibilidade de escolha de uma pessoa acerca da forma de terminar a sua vida, é absolutamente essencial", lembrou, prometendo "continuar a trabalhar sobre este assunto".

Inês Sousa Real lembra o "profundo sofrimento em doença irreversível" que afeta muitos portugueses lamentando o atraso da adoção de leis que regulem a eutanásia. A líder do PAN reflete ainda na "desigualdade económica entre cidadãos que podem ir ao estrangeiro" decidir sobre como terminar a sua vida e aqueles que não têm acesso a tais recursos.

"Estamos aqui a entrar na liberdade individual", sublinhou Inês Sousa Real, lamentando o desfecho de "anos de trabalho parlamentar" e sublinhando a importância de "numa próxima legislatura termos forças como a do PAN", para "garantir este direito fundamental".
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Livre quer "desencarcerar" economia portuguesa

O Livre quer 30h de trabalho por semana e 30 dias de férias e considera que estas medidas iriam ser "um passo vigoroso perante a economia que vamos ter pela frente".

Rui Tavares quer "trazer para Portugal" a economia dos países que apoiam a sua economia na descarbonização e no conhecimento, percebendo "como é que essa economia funciona".

A proposta do Livre é assim "desencarcerar" a economia portuguesa e Tavares dá o exemplo da semana de trabalho de quatro dias, "teste que correu maravilhosamente e que este governo [da AD] não quis continuar", uma "proposta social e ecológica", que permite "menos carros a circularem nas nossas cidades, mais tempo para as pessoas viverem e se dedicarem por exemplo a causas".

Para o líder do Livre, a baixa produtividade em Portugal deve-se "a modelos de gestão, maus modelos de alocução de capital", defendendo uma "visão ampla da ecologia social e política". lembrandos os passes verdes a caminho de um passe de mobilidade nacional, outra bandeira do partido.



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Inês Sousa Real. Combate à crise climática passa pela agricultura

Entre as medidas de combate à crise climática, o PAN destacou a necessidade de autonomia alimentar portuguesa, lembrando que se combatem as alterações climáticas "com aquilo que pomos no prato".

Para Inês Sousa Real, o aumento dos preços devido à inflação, às tarifas e à guerra na Ucrânia justificariam a opção por uma alimentação mais saudável, assente em produtos "de origem vegetal".

Estratégia que iria garantir "autonomia a nível de produção" mas também "hábitos alimentares mais saudáveis", sustentou.

O PAN gostaria de "reduzir a pegada ecológica" através da instituição das "segundas-feiras sem carne", proposta recusada na anerior legislatura.
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PAN quer fim da "guerra de sexos", Livre quer subsídio de desemprego para vítimas de violência doméstica

“Não podemos ter uma guerra de sexos no país”, afirmou Inês Sousa Real que relembrou os números dos crimes de violência doméstica em Portugal.

“Isto não são apenas números, são pessoas reais” e apelou para que o combate à violência doméstica e violência sexual seja, de facto, uma prioridade para o próximo governo.

Já Rui Tavares acredita que o país tem de se unir na luta pelos direitos das mulheres. “Quando nós propusemos o acesso ao subsídio de desemprego por parte das vítimas de violência doméstica é porque não acho que haja aqui absolutamente visão de concorrência”.

O líder do Livre pretende que todos os partidos se unam nesta luta contra a violência, seja contra quem for.

“Muitas vezes o agressor não está em casa, está no local de trabalho também”, lembrou Rui Tavares que quer um panorama de independência financeira para as vítimas.
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Saúde. PAN quer uma saúde para todos

Inês Sousa Real quer apenas e só uma saúde para pessoas, animais e para o planeta.

A líder do PAN destacou a saúde mental para os mais idosos e para os jovens, especialmente pela questão das redes sociais, e lembrou os doentes oncológicos que não têm a baixa de trabalho paga a 100 por cento.

Inês Sousa Real disse também querer um SNS animal, e quer o fim das touradas para aplicar verbas para serviços veterinários.
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SNS. Livre quer mais recursos para a saúde

O líder do Livre afirmou acreditar que o SNS, quando dotado de recursos, está entre os melhores serviços de saúde do mundo.

“O que é preciso é que o SNS não esteja numa situação que já é de concorrência e não de complementaridade, como manda a lei de bases de saúde, e o SNS está a lutar contra uma concorrência desleal, com uma venda nos olhos e o braço amarrado atrás das costas”.
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PAN diz que Habitação é "maior falhanço" dos Governos

Em resposta ao Livre, Inês Sousa Real acusou o partido de Rui Tavares de não ter agendado “uma única iniciativa sobre ambiente ou ecologia”.

“Foi uma oportunidade perdida”.

Contudo, a líder do PAN concordou com o candidato do Livre de que “temos um problema maior”, referindo-se ao “crescimento do populismo” e de uma agenda do Governo que “tem trazido muitos recuos para as nossas causas”, como a Habitação.

“As políticas de Habitação são dos maiores falhanços no nosso país, de sucessivos Governos”, apontou Inês Sousa Real, acrescentando uma divergência com o Livre, “que não concorda com a garantia jovem”.

“O dinheiro” para medidas de Habitação “existe”. E por isso o PAN propõe acabar “com os regimes dos residentes não habituais”.
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Livre critica Governo por não regulamentar proposta para fundo de emergência para Habitação

Sobre a proposta para a Habitação, Rui Tavares negou querer “um fundo para a emergência”: “nós temos um fundo de emergência para a Habitação”, negociado pelo Livre desde o Orçamento do Estado para 2024.

São, segundo o porta-voz do Livre, 100 milhões de euros por ano “que não estão a ser usados porque o Governo de Luís Montenegro, alertado diversas vezes, não regulamentou esse fundo”.

Quanto ao Serviço Nacional de Habitação, Tavares explicou que tem a ver com um “diagnóstico” do Livre: “quando propomos aumentar a dotação orçamental do IRU”, os ministros das Finanças alegam que “o IRU não executa todo o dinheiro que tem”.

“Alguma coisa está errada. Com uma crise de Habitação como a que temos, se os institutos públicos que nós temos não têm o âmbito suficiente”, considerou.
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PAN e Livre distinguem-se em "questões de economia verde" e sociais

O PAN distingue-se do Livre, na opinião de Inês Sousa Real, porque tem “um combate maior” relativamente aos “recuos dos grandes partidos”, que prometem “mas pouco executam”. Além disso, o partido Pessoas, Animais e Natureza tem sido “uma voz isolada naquilo que é a proteção animal”.

Dando como exemplo a revisão constitucional, a porta-voz do PAN apontou que o partido de Rui Tavares não incluía na proposta de revisão “a proteção dos animais”, assim como no que diz respeito “à mineração em mato profundo”, ou das energias nucleares.

“A proposta do Livre não é muito clara no que diz respeito ao nuclear”, criticou Inês Sousa Real. “Ou até mesmo no IRS Jovem. Recordo que o Livre não acompanhou a proposta do PAN”.

Por isso, a candidata considera que se distinguem, essencialmente, em questões de economia verde ou outras questões de apoios sociais, como apoios às creches.

Já Rui Tavares acredita que “é muito mais o que nos une do que o que nos separa”.

“Todos os partidos que são da ecologia, que são do progresso, devem crescer e com diferentes vozes, estilos e atitudes procurar alargar o seu perímetro”.

Ainda assim, o porta-voz do Livre acha que o partido “tem uma ecologia que alarga e que não nos afunila”. Em resposta à opositora, Rui Tavares recordou que o PAN não apoiou também a proposta do Livre para criar “uma Hidrogénio de Portugal, ou seja, a transição para o hidrogénio”.

O candidato considera que Portugal é um “país rico” em potencial, rico “na sua biodiversidade”. “Um país rico, no entanto, dominado pelo dinheiro fácil”, referindo-se ao “turismo de massas, ao imobiliário de luxo, esquemas tipo jogo online”.

“A perspetiva do Livre é conseguir explicar às pessoas como é que a ecologia é precisamente o dínamo que nos permite passar para um modelo de desenvolvimento, em que essa verdadeira riqueza do país se converte na prosperidade de todos, no dinamismo a quem tem asas e que garante, através de um estado social, (…) excelentes serviços públicos para todos”.
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