O PAN distingue-se do Livre, na opinião de Inês Sousa Real, porque tem “um combate maior” relativamente aos “recuos dos grandes partidos”, que prometem “mas pouco executam”. Além disso, o partido Pessoas, Animais e Natureza tem sido “uma voz isolada naquilo que é a proteção animal”.
Dando como exemplo a revisão constitucional, a porta-voz do PAN apontou que o partido de Rui Tavares não incluía na proposta de revisão “a proteção dos animais”, assim como no que diz respeito “à mineração em mato profundo”, ou das energias nucleares.
“A proposta do Livre não é muito clara no que diz respeito ao nuclear”, criticou Inês Sousa Real. “Ou até mesmo no IRS Jovem. Recordo que o Livre não acompanhou a proposta do PAN”.
Por isso, a candidata considera que se distinguem, essencialmente, em questões de economia verde ou outras questões de apoios sociais, como apoios às creches.
Já Rui Tavares acredita que “é muito mais o que nos une do que o que nos separa”.
“Todos os partidos que são da ecologia, que são do progresso, devem crescer e com diferentes vozes, estilos e atitudes procurar alargar o seu perímetro”.
Ainda assim, o porta-voz do Livre acha que o partido “tem uma ecologia que alarga e que não nos afunila”. Em resposta à opositora, Rui Tavares recordou que o PAN não apoiou também a proposta do Livre para criar “uma Hidrogénio de Portugal, ou seja, a transição para o hidrogénio”.
O candidato considera que Portugal é um “país rico” em potencial, rico “na sua biodiversidade”. “Um país rico, no entanto, dominado pelo dinheiro fácil”, referindo-se ao “turismo de massas, ao imobiliário de luxo, esquemas tipo jogo online”.
“A perspetiva do Livre é conseguir explicar às pessoas como é que a ecologia é precisamente o dínamo que nos permite passar para um modelo de desenvolvimento, em que essa verdadeira riqueza do país se converte na prosperidade de todos, no dinamismo a quem tem asas e que garante, através de um estado social, (…) excelentes serviços públicos para todos”.