"Romper com injustiças". Paulo Raimundo abre XXII Congresso do PCP com apologia da luta comunista
No arranque do XXII Congresso do PCP, esta sexta-feira, em Almada, o secretário-geral do partido destacou a luta comunista contra as injustiças e desigualdades, salientando também a necessidade de combater os "mecanismos de condicionamento e controlo ideológico" que diz quererem promover "o anti-comunismo, o racismo e o ódio".
O líder comunista vincou a vontade do partido de “transformar a sociedade”, rompendo com “as injustiças e as desigualdades” e abrindo caminho a uma alternativa para o país. “Queremos a paz e a democracia, queremos os valores de Abril no futuro de Portugal”, afirmou.
“Querem ocultar a exploração dos trabalhadores, querem ocultar a opressão dos povos, a brutalidade da guerra, o saque e a distribuição dos recursos naturais”, continuou. “Querem promover o anticomunismo, o racismo, o ódio e conceções reacionárias e fascizantes”.
“Ignorar esta ofensiva seria não apenas ingénuo, mas perigoso para a luta que travamos”, alertou.
Paulo Raimundo avisou que se intensificam, à escala global, “os mecanismos de condicionamento e controlo ideológico, ancorados em gigantescos grupos económicos que controlam os meios de comunicação e as redes digitais e procuram impor o pensamento único e iludir a natureza do capitalismo”.“Querem ocultar a exploração dos trabalhadores, querem ocultar a opressão dos povos, a brutalidade da guerra, o saque e a distribuição dos recursos naturais”, continuou. “Querem promover o anticomunismo, o racismo, o ódio e conceções reacionárias e fascizantes”.
“Ignorar esta ofensiva seria não apenas ingénuo, mas perigoso para a luta que travamos”, alertou.
O secretário-geral do PCP apelou também a um "alargamento da convergência de democratas e patriotas" com respeito pela "diversidade de pontos de vista e posicionamentos" para romper com políticas de direita.
"A alternativa patriótica e de esquerda é a grande batalha para a qual estamos todos convocados. Demore o tempo de demorar, daqui convictamente reafirmamos: O PCP vai empenhar todas as suas forças para romper com a política de direita e concretizar os direitos e as condições de vida que têm sido negados aos trabalhadores e ao povo", assegurou.
“Teia de cumplicidades”
O secretário-geral do PCP criticou ainda as "cumplicidades" do PS com a política do Governo e considerou que, no atual momento nacional, não se pode "ficar em cima do muro".
Paulo Raimundo condenou igualmente o Orçamento do Estado para 2025, viabilizado com a abstenção do PS, defendendo que "é mais uma peça" dos "interesses do grande capital" e inclui "novas tentativas de ataques aos direitos dos trabalhadores".
O comunista considerou que o Orçamento "empobrece a vida aos pobres e enriquece a vida aos ricos", criticando em particular a redução do IRC em um ponto percentual, por considerar que vai dar "mais 400 milhões de euros direitinhos aos grupos económicos, esses tais que já hoje encaixam 32 milhões de euros de lucro por dia". Para Paulo Raimundo, o combate a forças reacionárias "obriga à rutura da política de direita, essa que é a causa funda que abre espaço e alimenta essas mesmas forças".
"Não surpreende que PSD e CDS, com Chega e Iniciativa Liberal, assumam por inteiro os interesses dos que se acham donos disto tudo. Ainda que, sem surpresa, não se pode deixar de registar a opção do PS que, por maiores que sejam agora as suas proclamações, não conseguem disfarçar, nem muito menos apagar, as cumplicidades com as medidas aprovadas", afirmou.
Raimundo salientou que "o PSD e o CDS tiveram o Orçamento aprovado, o PS criou-lhes as condições para isso e ainda libertou e o Chega e a IL de ter de votar a favor", acrescentando que "todos, e perante as fabricadas discordâncias, são cúmplices da política que está em curso e desta política errada".
"Perante esta teia de cumplicidades, o PCP assume-se como a verdadeira força de oposição, resistência e de alternativa à política de direita. Um caminho que exige o combate ao avanço das conceções, objetivos e forças reacionárias que, apresentadas como antissistema, são o pior que o sistema produz", afirmou.
O secretário-geral do PCP criticou ainda as "cumplicidades" do PS com a política do Governo e considerou que, no atual momento nacional, não se pode "ficar em cima do muro".
Paulo Raimundo condenou igualmente o Orçamento do Estado para 2025, viabilizado com a abstenção do PS, defendendo que "é mais uma peça" dos "interesses do grande capital" e inclui "novas tentativas de ataques aos direitos dos trabalhadores".
O comunista considerou que o Orçamento "empobrece a vida aos pobres e enriquece a vida aos ricos", criticando em particular a redução do IRC em um ponto percentual, por considerar que vai dar "mais 400 milhões de euros direitinhos aos grupos económicos, esses tais que já hoje encaixam 32 milhões de euros de lucro por dia". Para Paulo Raimundo, o combate a forças reacionárias "obriga à rutura da política de direita, essa que é a causa funda que abre espaço e alimenta essas mesmas forças".
"Não surpreende que PSD e CDS, com Chega e Iniciativa Liberal, assumam por inteiro os interesses dos que se acham donos disto tudo. Ainda que, sem surpresa, não se pode deixar de registar a opção do PS que, por maiores que sejam agora as suas proclamações, não conseguem disfarçar, nem muito menos apagar, as cumplicidades com as medidas aprovadas", afirmou.
Raimundo salientou que "o PSD e o CDS tiveram o Orçamento aprovado, o PS criou-lhes as condições para isso e ainda libertou e o Chega e a IL de ter de votar a favor", acrescentando que "todos, e perante as fabricadas discordâncias, são cúmplices da política que está em curso e desta política errada".
"Perante esta teia de cumplicidades, o PCP assume-se como a verdadeira força de oposição, resistência e de alternativa à política de direita. Um caminho que exige o combate ao avanço das conceções, objetivos e forças reacionárias que, apresentadas como antissistema, são o pior que o sistema produz", afirmou.
Primeiro Congresso de Raimundo
O PCP iniciou esta sexta-feira, em Almada, o seu XXII Congresso, que contará com a participação de cerca de 1.040 delegados e que vai arrancou com o discurso do secretário-geral do partido, Paulo Raimundo.
Este é o primeiro Congresso de Raimundo enquanto secretário-geral do PCP, após ter sido eleito na Conferência Nacional do partido em novembro de 2022, substituindo Jerónimo de Sousa.
Ao longo do Congresso, além das habituais intervenções de delegados, haverá também momentos de solidariedade para com a Palestina e relativos à paz, assim como um outro momento de solidariedade para com a luta dos trabalhadores.
Para sábado está prevista, a partir das 18h30, a eleição do próximo Comité Central do partido, órgão máximo entre congressos.
Este é o primeiro Congresso de Raimundo enquanto secretário-geral do PCP, após ter sido eleito na Conferência Nacional do partido em novembro de 2022, substituindo Jerónimo de Sousa.
Ao longo do Congresso, além das habituais intervenções de delegados, haverá também momentos de solidariedade para com a Palestina e relativos à paz, assim como um outro momento de solidariedade para com a luta dos trabalhadores.
Para sábado está prevista, a partir das 18h30, a eleição do próximo Comité Central do partido, órgão máximo entre congressos.
c/ Lusa