PSP desmente reforço da segurança nos Ministérios

por RTP
Manuel de Almeida, Lusa

A PSP desmentiu que tivesse sido apanhada de surpresa pela ocupação de quatro Ministérios durante a jornada de protestos organizada ontem pela CGTP e negou que tivesse em preparação um reforço do policiamento dos treze Ministérios do Governo.

O desmentido foi emitido pelo porta-voz do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, subcomissário Jairo Campos, interpelado pelo diário Público, que o cita nestes termos: “Não houve qualquer reforço. Continua a existir o policiamento normal que já antes existia. Até porque as acções decorreram de forma pacífica e sem qualquer incidente a lamentar. O efectivo mantém-se o normal”.

Além disso, o Público recolheu um outro testemunho, neste caso do porta-voz porta-voz da Direcção Nacional da PSP, subcomissário João Moura, segundo o qual “a PSP não foi apanhada tão de surpresa como se diz em algumas notícias hoje. Até porque não é a primeira vez que situações semelhantes ocorrem e, por isso, um dos cenários expectáveis era este”.

A mesma fonte negou também que houvesse insuficiente segurança no caso dos Ministérios ocupados, salientando que além dos agentes fardados aí se encontravam também, como sempre, agentes à paisana.

O Público cita também outas fontes “da hierarquia superior da PSP”, que negam a existência de qualquer mal-estar entre esta polícia e o serviço de informações, SIS, por este não ter detectado atempadamente os preparativos para as ocupações. Afirmaram, no entanto, que a PSP não depende exclusivamente das informações recolhidas pelo SIS para prevenir este tipo de acções e que procura antecipá-las através da sua própria unidade de recolha de informações.
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