Propostas do PSD sobre pensões têm "falta de credibilidade", reage Pedro Nuno Santos

por Lusa

O candidato a secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos disse hoje aos jornalistas, em Matosinhos (distrito do Porto), que as propostas do PSD em matéria de pensões, apresentadas no congresso de sábado, têm "falta de credibilidade".

"O problema das promessas do PSD, nomeadamente em matéria de pensões, é que têm um problema de falta de credibilidade", acusou hoje o candidato a líder do PS, à chegada ao Pavilhão Municipal da Senhora da Hora, em que participa num almoço com apoiantes.

No sábado, o presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou que quer aumentar para 820 euros o rendimento mínimo garantido dos pensionistas até 2028, assegurando que o seu partido não vai cortar "um cêntimo a nenhuma pensão".

Para Pedro Nuno Santos, o PSD foi "o partido que mais maltratou esse grupo de cidadãos portugueses, os pensionistas".

"É importante que nós não nos esqueçamos que Pedro Passos Coelho [ex-primeiro-ministro] tinha dito exatamente o mesmo que Luís Montenegro: que tinha feito as contas, e que em 2015 não seria necessário cortar pensões. Mas aquilo que fizeram logo a seguir às eleições foi cortar pensões", disse Pedro Nuno Santos.

O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação e adversário de José Luís Carneiro e Daniel Adrião nas diretas do PS marcadas para 15 e 16 de dezembro acusou ainda o PSD de, "não satisfeito com o corte de pensões", tentar "tornar esse corte permanente".

"Não conseguiram, foram travados pelo Tribunal Constitucional", recordou, acrescentando que o PSD quis ainda "fazer um corte adicional de mais 600 milhões de euros", travado pelo Governo PS.

Pedro Nuno Santos acusou Luís Montenegro de fazer "o mesmo número que Passos Coelho fez em 2011", considerando "muito importante que o PSD apresentasse essas contas" para se fazer "um debate sobre a viabilidade da proposta".

O candidato à liderança do PS considerou ainda "caricato" que o PSD apresente uma proposta para equivaler a pensão mínima ao salário mínimo nacional, quando "nunca o quiseram aumentar".

"O pior que podia acontecer aos pensionistas era fazermos um aumento de pensões e voltar a recuar mais tarde", considerou.

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