Na Roménia para a cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, António Costa mostrou-se esta quinta-feira confiante quanto à votação do diploma sobre o tempo de serviço dos professores. O primeiro-ministro confia que a crise política será ultrapassada "se toda a gente votar como anunciou".
O Parlamento vota em plenário de sexta-feira o texto final do decreto-lei sobre a contagem do tempo de serviço dos professores, assim como o texto final acordado pela comissão de educação e ciência, que consagrou a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias, oito dias.
Aprovada por BE, PCP, PSD e CDS-PP e chumbada pelo PS, esta alteração ao original elaborado pelo Governo levou António Costa a ameaçar com o pedido de demissão, a escassos meses de eleições legislativas.
UTAO contesta contas do Executivo
Na "guerra" de números o Ministério das Finanças, tutelado por Mário Centeno, já veio dizer que considera o cálculo da UTAO "totalmente arbitrário", mas as contas foram suficientes para deixarem hoje o PS e o Governo debaixo de fogo no Parlamento, com críticas à esquerda e à direita aos números de Centeno.
Nos dias seguintes à ameaça de demissão do Governo, PSD e CDS rapidamente esclareceram que, como sempre haviam defendido, só aprovariam as alterações aprovadas em comissão parlamentar se fossem aprovadas salvaguardas financeiras e de sustentabilidade das contas públicas.
Propostas já chumbadas na especialidade pela esquerda, incluindo o PS, um chumbo que PCP e BE já prometeram manter esta-sexta-feira.O texto que provocou a crise tem rejeição garantida por parte de PS, PSD e CDS.