Os portugueses começam a votar hoje, uma semana antes das presidenciais de 24 de janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para o qual se inscreveram 246.880 eleitores, um número recorde.
Os concelhos com menos inscritos são Porto Moniz, na Madeira, com oito inscritos, seguindo-se Nordeste, São Miguel, nos Açores, com nove, e Barrancos, distrito de Beja, com 14.
O líder do Iniciativa Liberal foi dos primeiros líderes partidários a exercer o direito de voto. Esteve em Lisboa.
João Cotrim de Figueiredo deixou um apelo ao voto.
Catarina Martins também votou já este domingo. A coordenadora do Bloco de Esquerda apelou ao voto, lembrando que a democracia é frágil.
Comparando com as legislativas de 2019, o número de pessoas que se inscreveram para votar uma semana antes mais do que quadruplicou - há dois anos foram 56.287, para estas presidenciais foram 246.880.Depois da experiência de 2019, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país.
Na prática, a votação é distribuída, por dois dias, embora a esmagadora maioria vá votar no próximo domingo.
O número recorde de inscritos levou, por exemplo, o município de Viana do Castelo a mudar o sufrágio para um pavilhão e a instalar três mesas de voto.
Para poderem votar antecipadamente nas presidenciais em 24 de janeiro era necessária uma inscrição, por carta ou n cujo prazo terminou na quinta-feira.
Segundo as regras definidas pela Direção-Geral da Saúde para as eleições, para ir votar, seja hoje ou no próximo domingo, os eleitores terão de usar máscara e, preferencialmente, levar uma caneta, por uma questão sanitária e de higiene.
É preciso desinfetar as mãos antes de votar e depois de votar. E os membros das mesas têm que usar máscara e/ou viseira ou óculos de proteção.
É aconselhado que, enquanto se espera para votar, os eleitores respeitem a distância de segurança.
O voto antecipado em mobilidade foi alargado por uma lei aprovada no parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas europeias e legislativas de 2019.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.009.991 mortos resultantes de mais de 93,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.709 pessoas dos 532.416 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.