A coligação entre PSD e CDS-PP, que ficou aquém da maioria absoluta nas eleições legislativas de domingo na Madeira, fechou já um acordo de incidência parlamentar com o PAN, apurou a RTP. A fórmula para uma maioria na Assembleia Legislativa é apresentada esta terça-feira pelo líder dos social-democratas insulares, Miguel Albuquerque.
Tanto a Iniciativa Liberal como o partido Pessoas-Animais-Natureza manifestaram-se disponíveis para viabilizar um acordo de incidência parlamentar. A solução de Albuquerque, apurou a redação da RTP Madeira, assenta para já no PAN. E terá mesmo sido esta a preferência do dirigente laranja, como referiu no 360 da RTP3 o jornalista Gil Rosa. A coligação entre PSD e CDS-PP venceu as legislativas da Madeira, mas sem maioria absoluta. Conquistou 23 dos 47 assentos da Assembleia Legislativa.
O PS, com Sérgio Gonçalves como cabeça de lista, recuou para 11 deputados, o JPP, de Élvio Sousa, cresceu para cinco e a CDU manteve o seu eleito, Edgar Silva, do PCP.
O Chega, liderado no arquipélago por Miguel Castro, converteu-se na quarta força política, com quatro mandatos. Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e PAN elegeram, cada um, um deputado.
Recorde-se que, no decurso da campanha, Miguel Albuquerque afirmou que se recusaria a governar sem maioria absoluta, o que lhe valeu reptos para uma demissão imediata na noite eleitoral, entre os adversários. Desde logo por parte do número um do Chega, André Ventura, que também se mostrou insdisponível para um entendimento.
O PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta que conservava na Região Autónoma na Madeira desde 1976 nas eleições de 2019, o que levou o partido a formar um governo de coligação com o CDS.
Nesta eleição, os social-democratas concorreram coligados com os democratas-cristãos, mas nem assim asseguraram a maioria absoluta almejada por Miguel Albuquerque. A coligação "Somos Madeira" ficou a um mandato da maioria absoluta, com a eleição de 23 deputados.
c/ Lusa
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