Há um milhão e meio de recenseados portugueses no estrangeiro, mas só cerca de três mil votam presencialmente. Feitas as contas, 2.879 portugueses residentes no estrangeiro optaram por votar presencialmente nas eleições legislativas de 30 de janeiro.
A revelação foi feita pela secretária de Estado das Comunidades durante o programa Decisão Nacional da RTP Internacional.
Berta Nunes adiantou também que o maior numero de intenções para voto presencial registou-se em Belém do Pará, no Brasil, mas adiantou ter ficado igualmente surpreendida com o número de votantes presenciais na África do Sul, cerca de 200. A secretária de Estado atribui tal situação ao facto de terem existido problemas com os correios na África do Sul nas últimas eleições. Quanto ao voto antecipado, Berta Nunes critica o facto de não ser dado aos portugueses emigrantes que se encontrem temporariamente em Portugal a possibilidade de votar antecipadamente no país de origem, à semelhança do que acontece com os portugueses que se encontram por diferentes motivos deslocados no estrangeiro. A secretária de Estado quer igualdade de direitos entre os portugueses deslocados no estrangeiro e os emigrantes portugueses deslocados em Portugal. Berta Nunes defende ainda que de futuro deixe de ser necessário fazer acompanhar o voto postal da fotocópia do cartão do cidadão, lembrando que a ausência deste comprovativo tem levado à anulação de milhares de votos. Para já, nestas eleições, se não enviar a fotocópia do cartão do cidadão ou do bilhete de identidade dentro do envelope, o voto não é considerado. Lembrar também que o boletim de voto deve ser colocado sozinho no envelope interior e que, se se enganar e corrigir, o voto também e anulado.