O secretário-geral do PS afirmou hoje que tenciona apresentar cumprimentos ao Presidente da República na próxima semana e considerou que as críticas de socialistas a Marcelo Rebelo de Sousa fazem parte da liberdade de opinião no partido.
Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas à entrada para o último dia do 24ª Congresso Nacional do PS, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL), ressalvando que, pela sua parte, tenciona ter boas relações com o chefe de Estado.
Se a agenda do Presidente da República o permitir, Pedro Nuno Santos adiantou que tenciona apresentar cumprimentos ao chefe de Estado já na próxima semana, no Palácio de Belém.
Interrogado sobre as críticas feitas ao longo do congresso por dirigentes socialistas à decisão do Presidente da República de dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas para 10 de março, argumentou: "O PS é um partido de homens e mulheres livres, dizem aquilo que pensam e temos de respeitar".
"Pela minha parte, quero ter boas relações com o senhor Presidente da República. Sempre tive e isso é muito importante para o país", salientou.
Antes de se deslocar à estátua de Mário Soares, da autoria de Leonel Moura, que está colocada na entrada do pavilhão onde decorre o congresso -- e na companhia da filha do antigo Presidente da República, Isabel Soares -, o novo líder dos socialistas também falou sobre a presença do António Costa, hoje, na sessão de encerramento.
"Temos um grande apreço e reconhecimento por António Costa. Se não estivesse presente seria uma falha grande", declarou, antes de ser questionado se o ainda primeiro-ministro pode vir a assumir as funções de presidente do Conselho Europeu.
"Tem o futuro em aberto. Pode ser aquilo que quiser por tudo aquilo que deu a Portugal e à Europa", respondeu.
Perante os jornalistas, o secretário-geral do PS reafirmou a sua oposição a um açodo de Governo com o PSD, alegando que "seria profundamente negativo para a sdemocracia".