Depois da primeira sessão parlamentar da nova legislatura e da tomada de posse dos novos deputados na Assembleia da República, Pedro Nuno Santos comentou a nova disposição política no Parlamento. Embora reconheça a mudança à direita, o líder socialista garante que uma vitória da Aliança Democrática não significa que tenham "boas soluções para o país". O secretário-geral do PS assegurou ainda que "está claro" que há um entendimento há direita e um acordo entre o PSD e o Chega.
"O Partido Socialista vai fazer o seu trabalho na oposição, no tempo certo", avançou o líder do PS.
Questionado sobre a votação eleger o novo presidente da Assembleia da República, Pedro Nuno Santos considerou haver "um acordo na direita, entre o Chega e o PSD".
"Essa é uma eleição resolvida", acrescentou. "A eleição do presidente está assegurada entre o Chega e o PSD".
O secretário-geral do PS apontou ainda que, "depois de tanta separação e distanciamento, na primeira necessidade o PSD e o Chega entenderam-se".
O que se pode constatar, continuou, "é que há um entendimento entre o PSD e o Chega". "É a constatação que essa maioria de direita que nós temos hoje no Parlamento, de facto, existe quando é necessário".
"Não vale a pena estarmos a fazer de conta que não existe uma maioria de direita que se entende", disse. "E elege um presidente legitimamente".
Apesar de não haver qualquer declaração ou confirmação sobre o alegado acordo por parte de Luís Montenegro, o líder socialista considerou que é "claro" que há entendimento da maioria de direita com o Chega.