Pedro Nuno Santos diz que voto no PS é "a melhor forma de garantir" que Chega não será poder
Foto: João Marques - RTP
O candidato a secretário-geral do PS não excluiu a hipótese de alianças pós-eleitorais até porque, considera, "governar sozinho não existe". Em entrevista ao Telejornal da RTP, Pedro Nuno Santos afirmou ainda que o PS sob sua liderança não irá suportar um Governo minoritário do PSD.
Questionado sobre um futuro governo do PS, Pedro Nuno Santos considerou nesta entrevista que o exercício de alianças "é apenas especulativo".
No entanto, admitiu que governar sozinho é algo que "não existe" e que não é exequível firmar acordos a direita e, no ano seguinte, com a esquerda. "Que ninguém tenha ilusões", vincou.
Com prioridade em "garantir a estabilidade da governação", o candidato à liderança do PS garantiu que o partido não irá suportar um Governo minoritário do PSD e que um entendimento entre os dois partidos ao centro é "uma solução boa só para o Chega".
No entanto, admitiu que governar sozinho é algo que "não existe" e que não é exequível firmar acordos a direita e, no ano seguinte, com a esquerda. "Que ninguém tenha ilusões", vincou.
Com prioridade em "garantir a estabilidade da governação", o candidato à liderança do PS garantiu que o partido não irá suportar um Governo minoritário do PSD e que um entendimento entre os dois partidos ao centro é "uma solução boa só para o Chega".
E afirmou ainda: "A melhor forma de garantir que o Chega não chega ao poder é vontando no PS”.
Recuperação "gradual" sem perturbar contas públicas
Quanto à recuperação do tempo de serviço dos docentes, Pedro Nuno Santos aponta a um processo "gradual" num tempo que permita "conciliar com o equilíbrio das contas públicas".
"Temos de ter a certeza que não pomos em causa as metas orçamentais", acrescentou.
"Temos de ter a certeza que não pomos em causa as metas orçamentais", acrescentou.
Sobre o ministro João Costa, seu apoiante, Pedro Nuno Santos considerou que se trata de uma das pessoas "que mais sabe" sobre educação em Portugal.
A respeito dos resultados do PISA, recentemente divulgados, que evidenciam as dificuldades dos alunos portugueses, Pedro Nuno Santos rejeitou que tenha havido uma queda abrupta a nível de educação.
"Não há nenhum colapso na educação", considerou, argumentando que as dificuldades são transversais a vários países.
A respeito dos resultados do PISA, recentemente divulgados, que evidenciam as dificuldades dos alunos portugueses, Pedro Nuno Santos rejeitou que tenha havido uma queda abrupta a nível de educação.
"Não há nenhum colapso na educação", considerou, argumentando que as dificuldades são transversais a vários países.
Caso TAP. "Empresa estava no chão"
Pedro Nuno Santos foi, até há um ano, ministro das Infraestruturas do Governo de António Costa. Supervisionou, nesse papel, o dossier TAP.
Pedro Nuno Santos foi, até há um ano, ministro das Infraestruturas do Governo de António Costa. Supervisionou, nesse papel, o dossier TAP.
O antigo governante explicou que os despedimentos e a reestruturação aconteceram num momento em "a empresa estava no chão" e que foi esse processo de reestruturação "bem sucedido" que permitiu garantir que a empresa "dá lucro" na atualidade.
"A TAP naquele momento se não fosse intervencionada fechava", considerou Pedro Nuno Santos, admitindo a necessidade de "tomar decisões difíceis" durante a pandemia.
Sobre a indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, Pedro Nuno Santos considerou que o processo de despedimento e a justificação do mesmo "era da responsabilidade" da TAP.
"O que foi pedido à TAP foi a fundamentação jurídica para aquele despedimento", adiantou o candidato à liderança do PS.
"O que foi pedido à TAP foi a fundamentação jurídica para aquele despedimento", adiantou o candidato à liderança do PS.
A respeito da Operação Influencer, que desencadeou a queda do Governo ainda em funções, Pedro Nuno Santos não quis tecer considerações, sublinhando a importância da presunção da inocência mas também da independência da justiça.
Admitiu, no entanto, que é "inaceitável e inadmissível" a descoberta dos 75 mil euros no gabinete de Vítor Escária. No entanto, disse nesta na entrevista à RTP, que o primeiro-ministro "assumiu consequências políticas" e que fez também fortes declarações a esse respeito.
"A política faz mal quando julga casos de justiça", vincou ainda.