Alguns partidos já reagiram às palavras de José Pedro Aguiar-Branco a pedir a presença de Lucília Gago no Parlamento para dar explicações ao país sobre a atuação da justiça em vários casos. Os partidos de esquerda concordam as palavras do presidente da República mas o Chega, pelas palavras de André Ventura, considera que Aguiar-Branco violou o princípio da separação de poderes.
Jorge Pinto reagiu em nome do partido Livre. O deputado disse que pretende saber quais são as intenções do presidente da Assembleia da República em chamar Lucília Gago ao Parlamento e que uma decisão vai ser tomada depois de ser ouvida a Assembleia de Líderes.
O Livre explicou que não é uma situação inédita chamar a Procuradora-Geral da República ao Parlamento, opinião partilhada pelo Bloco de Esquerda.
Fabian Figueiredo saudou as palavras de Aguiar-Branco e afirmou que foi devido ao último parágrafo do comunicado da PGR que um governo caiu e Assembleia da República foi dissolvida.
“Saudamos o presidente da Assembleia da República por pedir à PGR que venha ao Parlamento”.
Figueiredo afirmou também que Lucília Gago deve perceber que é necessário criar confiança com o povo. “Nada disto seria inédito. O que é inédito é uma investigação levar à queda de um governo”.
Já Inês de Sousa Real também saudou o que foi dito por José Pedro Aguiar-Branco.
“O PAN acompanha aquelas que são as preocupações do Presidente da Assembleia da República. Era fundamental que a PGR viesse prestar esclarecimentos à população. Faz todo o sentido que aconteça e isto em nada belisca a separação de poderes”.
A líder do PAN acredita que o último parágrafo do comunicado da PGR levou a um erro grave e que é necessário um esclarecimento ao país. Inês de Sousa Real afirmou também que o silencia de Lucília Gago não é saudável.
“É preciso que a justiça também respeite o poder político e a vontade popular”.
Ventura critica violação da separação de poderes
Em sentido contrário, André Ventura criticou as palavras da segunda figura maior do estado português. O líder do Chega acredita que Aguiar-Branco fez uma “clara violação da separação de poderes” e que sempre que os políticos são afetados por processo, a PGR terá sempre de ir ao Parlamento.
“Isto é um absurdo e tem um efeito pernicioso. E se afetar o líder de um partido? Vamos ter o mesmo critério para todos os casos? Nunca vi tanta pressão para resolver um caso”, declarou.
André Ventura disse ainda que a imagem que está a ser passada aos portugueses é a de que existem duas justiças, uma para os políticos e outra para a população. “A mensagem que estamos a passar é a de que os políticos se estão a proteger uns aos outros”.
Já o PCP esclareceu que espera que haja uma iniciativa no sentido de Lucília Gago ir ao Parlamento mas que o partido não vai tomar nenhuma decisão sobre o assunto, porque acredita que a PGR não responde politicamente e que o Ministério Público é independente.
No entanto, António Filipe afirmou que é necessário haver um esclarecimento cabal ao povo português por parte da PGR.
“Percebemos que existe na opinião pública alguma perplexidade sobre a atuação do Ministério Público. Acredito que é mais o país que deve saber e não a Assembleia da República”.
“Isto é um absurdo e tem um efeito pernicioso. E se afetar o líder de um partido? Vamos ter o mesmo critério para todos os casos? Nunca vi tanta pressão para resolver um caso”, declarou.
André Ventura disse ainda que a imagem que está a ser passada aos portugueses é a de que existem duas justiças, uma para os políticos e outra para a população. “A mensagem que estamos a passar é a de que os políticos se estão a proteger uns aos outros”.
Já o PCP esclareceu que espera que haja uma iniciativa no sentido de Lucília Gago ir ao Parlamento mas que o partido não vai tomar nenhuma decisão sobre o assunto, porque acredita que a PGR não responde politicamente e que o Ministério Público é independente.
No entanto, António Filipe afirmou que é necessário haver um esclarecimento cabal ao povo português por parte da PGR.
“Percebemos que existe na opinião pública alguma perplexidade sobre a atuação do Ministério Público. Acredito que é mais o país que deve saber e não a Assembleia da República”.