Parlamento da Madeira chumba orçamento, Albuquerque queixa-se de "irresponsabilidade"

por RTP
Este é o primeiro orçamento regional alguma vez chumbado na Assembleia Legislativa da Madeira em quase 50 anos de autonomia Homem de Gouveia - Lusa

A proposta de orçamento do Governo Regional de Miguel Albuquerque para o próximo ano foi esta segunda-feira reprovada, em votação na generalidade, pela Assembleia Legislativa da Madeira. PS, JPP e Chega chumbaram o documento.

O presidente do Governo Regional já reagiu, considerando que “cada partido tem de assumir a sua responsabilidade” e, por isso, vai submeter-se à moção de censura.

“Só saio do posto com a moção de censura e a única maneira de resolver esta situação é esclarecer a população [acerca] do que se está a passar”, declarou aos jornalistas.

Miguel Albuquerque considera que existiu uma “total irresponsabilidade” dos partidos que chumbaram o Orçamento, num momento em que a região tem “projetos fundamentais de desenvolvimento, como o novo hospital de Porto Santo ou os projetos do PRR”.“Tomam uma decisão destas, que vem paralisar a execução de um Orçamento a que era fundamental darmos continuidade”, criticou o presidente do Governo Regional.

Albuquerque frisou ainda que o Chega, “que é suposto ser um partido eleito, vem aqui servir de bengala aos partidos da esquerda, o que também é estranho”.
“Isto é tudo uma brincadeira que põe em causa a vida dos agentes económicos, dos agentes sociais das famílias e, sobretudo, projetos que são fundamentais para o futuro. Andam aqui a brincar aos partidos”, continuou.

Questionado sobre se admite demitir-se, respondeu negativamente, mas vincou que “neste momento nós, se for necessário, vamos para eleições e vamos ganhar as eleições”.

“Claro que vou ser o candidato” se a região for a eleições, assegurou.

Sobre a hipótese de uma “geringonça”, afirmou que esta seria “a desgraça da Madeira”, já que “não conseguem governar nada”.Este é o primeiro orçamento regional alguma vez chumbado na Assembleia Legislativa da Madeira ao longo de quase 50 anos de autonomia.


Os partidos concordaram no mês passado em adiar a votação de uma moção de censura ao Governo Regional, apresentada pelo Chega, para 17 de dezembro, para serem discutidos antes o orçamento regional e o plano de investimentos.
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