Orçamento para 2025. Rangel admite cedências mas diz que Programa do Governo é para cumprir

por RTP
Pedro Nunes - Reuters (arquivo)

O ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros afirma que as negociações do Orçamento do Estado para 2025 têm de ser feitas com "espírito construtivo" para conseguir dar ao Governo e ao país a estabilidade necessária. Paulo Rangel admite espaço para concessões e cedências, mas sublinha que "a espinha dorsal do Programa do Governo tem de ser cumprida".

Questionado sobre a possiblidade de dialogar e fazer cumprir o programa do Governo, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirma que é possível. "Claro que sim. Havendo um programa do Governo, ele é a base para qualquer diálogo", disse este sábádo aos jornalistas.

Paulo Rangel admite que as negociações podem implicar concessões e cedências "aqui e acolá", mas deixou claro que "o espírito, a linha, a espinha dorsal do programa do Governo obviamente que tem de ser cumprida", argumentando "fazer parte das obrigações constitucionais".
Sobre a eventualidade de um orçamento retificativo, o ministro preferiu não tecer mais cenários sobre a possibilidade de o exercício de negociação do Governo com os vários partidos políticos falhar.

"O ambiente é um ambiente construtivo, é um ambiente de construção de um consenso que possa levar à aprovação do Orçamento, e portanto se nós estamos de boa-fé nesse exercício evidentemente não vamos agora começar agora começar a contemplar as hipóteses de esse exercício falhar", afirmou Paulo Rangel.

"Temos de estar de boa-fé com espírito construtivo, todas as partes e não apenas o Governo, todos no sentido de se encontrar um Orçamento que possa ser aprovado no momento certo", acrescentou, deixando uma mensagem para os partidos da oposição.

Sobre as críticas do Bloco de Esquerda às "negociações por cêntimos" do Orçamento de Estado - o partido de Mariana Mortágua já anunciou que votará contra -, Paulo Rangel disse não dar "muita importância à retórica de circunstância" e considerou "natural que haja uma divergência essencial" nesta matéria. Isto porque existem "diferenças enormes" entre o programa do BE e dos partidos que apoiam o Governo.
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