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Operação Influencer. Presidente da Câmara de Sines diz-se inocente e promete colaborar

por RTP

Foto: André Kosters - Lusa

O presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, arguido na Operação Influencer, disse esta terça-feira estar inocente e prometeu continuar a colaborar com a justiça "ao longo de todo o processo".

"Estes foram dias muito difíceis, marcantes, com impacto na minha vida pessoal e familiar, nos quais o meu papel foi, e só podia ser, o de colaborar com a justiça", afirmou o autarca perante os jornalistas.

Ao ler uma breve declaração no Salão Nobre dos Paços do Concelho, acompanhado pelos outros três eleitos da maioria do PS no município, Mascarenhas asseverou que prestou "todos os esclarecimentos" que lhe foram solicitados pelas autoridades.

"Estando inocente, como estou, foi com a serenidade possível que lidei com toda esta situação, convicto de que sempre pautei a minha conduta de presidente da Câmara Municipal de Sines na prossecução do interesse público inerente ao exercício das funções para as quais fui eleito", afirmou.

O autarca disse ainda que "a verdade, em bom rigor, é que a justiça falou e decidiu, nesta fase", afirmar a sua inocência. "A justiça fez o seu papel", acrescentou.
Cinco detidos saíram em liberdade
A Operação Influencer, que se tornou pública na passada terça-feira pelo Ministério Público, envolveu 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas, uma delas o autarca de Sines.

Os outros foram o agora ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro Vítor Escária, o consultor Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa, e os administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.

Os cinco detidos acabaram por sair em liberdade na segunda-feira, por decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal, que aplicou somente uma caução de 150 mil euros e a proibição de sair do país a Diogo Lacerda Machado, tendo esta última medida de coação sido igualmente imposta a Vítor Escária.

Por sua vez, o autarca de Sines e os dois administradores da Start Campus, empresa construtora de um centro de dados naquela cidade do litoral alentejano, ficaram somente com termo de identidade e residência.

c/ Lusa
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