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OE2025. Montenegro diz que vai apresentar ao PS "proposta irrecusável"

por RTP

Foto: Lusa

O primeiro-ministro e líder do PSD afirmou hoje que irá apresentar "aos partidos e em particular ao PS" uma proposta que classificou de "irrecusável, à luz de princípios como o interesse nacional, a boa fé ou a responsabilidade".

"A partir daí, cada um assume as suas responsabilidades", avisou Luís Montenegro.

O líder do PSD falava na sessão de encerramento das jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP centradas no Orçamento do Estado para 2025.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se pela primeira vez para negociar o Orçamento do Estado para 2025, num encontro que terminou com posições aparentemente distantes mas sem rutura do processo negocial.

O secretário-geral do PS afirmou depois que recusa um Orçamento do Estado com as alterações ao IRS Jovem e IRC propostas pelo Governo ou qualquer modelação dessas medidas. Luís Montenegro classificava de “radical e inflexível” a proposta de Pedro Nuno Santos, mas prometia que, esta semana, iria apresentar uma contraproposta aos socialistas.

“Comprometi-me, e vou cumprir, nós vamos apresentar aos partidos, mas em particular ao Partido Socialista, uma proposta que, à luz de princípios elementares de boa-fé, de lealdade, de responsabilidade, de primazia do interesse nacional, será uma proposta irrecusável”,
afirmou hoje.
Intenção de derrubar o Governo
Já o presidente do CDS-PP e ministro da Defesa, Nuno Melo, defendeu hoje que quem votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2025 "só o fará se tiver mesmo a intenção derrubar o Governo" e criar uma crise política.

"Neste quadro, com esta disponibilidade, quem votar contra o Orçamento do Estado só o fará se tiver mesmo a intenção de derrubar o Governo e isso deve ficar claro", defendeu Nuno Melo.
"O voto a favor e abstenção não significam que as oposições concordam integralmente com a visão programática do Governo, mais ainda quando o Governo tem total disponibilidade para negociar e acolher propostas das oposições", afirmou.

Neste contexto, Nuno Melo argumentou que "não será qualquer discordância sobre o Orçamento" que justificará um voto contra.

O Orçamento do Estado tem de ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro e tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS-PP somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.

Só a abstenção do PS ou o voto a favor do Chega garantem a aprovação do OE2025.

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