Após PSD Madeira e PAN terem tornado público o acordo de incidência parlamentar para garantir uma maioria estável no parlamento regional, a Iniciativa Liberal reagiu através de comunicado enviado às redações, dizendo que é agora claro que “o PSD-Madeira escolheu a via mais fácil (…) e não estava à altura de acompanhar” as exigências reformistas da IL no sentido de “reduzir a carga fiscal e assegurar o combate à corrupção e uma maior transparência (…) optando por sacrificar o interesse dos madeirenses”.
Logo na noite de domingo, Nuno Morna, o deputado eleito pelos liberais, anunciando que a IL "não rejeita o papel de ser o adulto na sala e de conversar seja com quem for”, punha na mesa as condições para assinar um acordo de governação: falar sobre "impostos reduzidos e a resolução das listas de espera e resolver os problemas da transparência, da corrupção e do compadrio partidário".
São aspetos que a IL volta a lembrar esta tarde, num comunicado acabado de chegar às redações: “Reduzir a carga fiscal e assegurar o combate à corrupção e uma maior transparência são áreas em que se percebe agora que o PSD teria grandes dificuldades em assumir compromissos, optando por sacrificar o interesse dos madeirenses e abdicando de qualquer tipo de coerência no país”.
A IL deixa ainda claro que “em nenhum momento” esteve em causa a atribuição ao partido de “quaisquer cargos ou funções” governativas.
Deixando essa acusação à “incapacidade do PSD”, os liberais sublinham que “o PSD-Madeira escolheu a via mais fácil”, pondo de lado “a natureza exigente e reformista da Iniciativa Liberal” e assim sacrificar os interesses dos madeirenses.
A Iniciativa Liberal acusa assim Miguel Albuquerque de optar pela “via mais fácil”, dizendo que está “desobrigada de qualquer responsabilidade”.
“Face a estes factos, a Iniciativa Liberal considera-se desobrigada de qualquer responsabilidade e honrará na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira o compromisso assumido com os seus eleitores, uma posição de avaliação caso a caso de todas as propostas discutidas, propondo e viabilizando aquelas que trouxerem vantagem para os madeirenses e fazendo oposição a tudo o que o novo governo da Madeira queira implementar que não seja liberal e atrase a vida dos madeirenses”, refere o comunicado.
A IL conclui com a promessa de que, “em coerência cristalina com a sua posição, as primeiras propostas que a Iniciativa Liberal vai apresentar no Parlamento Regional terão como objectivo reduzir a carga fiscal sobre os madeirenses e permitir o voto antecipado em mobilidade para conferir aos madeirenses os mesmos direitos políticos que os restantes portugueses já possuem”.