Nuno Melo no Telejornal. Luís Montenegro foi "visado pessoalmente" pela oposição

por Joana Raposo Santos - RTP
O aumento da despesa com o setor militar também foi tema de conversa, com o ministro da Defesa a esclarecer que não se trata de despesa, mas sim de "investimento". Foto: João Pedro Marques - RTP

O presidente do CDS-PP foi o entrevistado da noite desta quarta-feira no Telejornal - foi mais uma na série de entrevistas da RTP aos líderes dos partidos com assento parlamentar a dois meses das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio. Nuno Melo defendeu o primeiro-ministro, considerando que este foi "visado pessoalmente" pela oposição, e aproveitou para explicar os contornos do aumento do "investimento" na Defesa.

Questionado por José Rodrigues dos Santos sobre que conselho deu a Luís Motenegro perante a crise política, Nuno Melo respondeu que o aconselhou no sentido “da tentativa de uma resolução de um problema político que resistia por parte de quem, na oposição, à falta de argumentos políticos que permitissem contraditar os bons resultados do Governo (…), decidiu atacar uma pessoa”.

“Esta moção de confiança não surge do nada”, mas sim “depois de uma moção de censura do Chega, depois de uma moção de censura do PCP, depois de um agendamento potestativo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que era dirigida a uma pessoa”, enumerou o líder do CDS-PP.O ministro da Defesa considerou que Luís Montenegro foi “visado pessoalmente” pela oposição.

Luís Montenegro é o líder político mais vistoriado, analisado, que mais informações deu, da política portuguesa. Em relação ao Luís Montenegro acho que nós sabemos praticamente tudo, mas em relação aos outros líderes partidários nós não sabemos nada”, frisou.

Sobre a hipótese de a Aliança Democrática (AD) ganhar as eleições e Luís Montenegro ser entretanto constituído arguido, Nuno Melo considerou que “é uma situação que nem sequer se coloca” e vincou que o primeiro-ministro “é, perante a lei e a justiça, impoluto no sentido em que nunca foi arguido, condenado de coisa nenhuma”.
Aumento da despesa em Defesa

O aumento da despesa com o setor militar também foi tema de conversa, com o ministro da Defesa a esclarecer que não se trata de despesa, mas sim de “investimento”.

“Para que aquilo que as Forças Armadas fazem em tempo de paz seja possível, é preciso investir nas Forças Armadas”, justificou. “E a minha perspetiva de investimento é de retorno”.

A Defesa dá dinheiro para o Orçamento do Estado. Cada piloto que se forma graças ao simulador [inaugurado esta quarta-feira em Beja] representa 700 mil euros, em média, de receita para o Estado”.
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