Nuno Melo: "Farei tudo para que Montenegro continue primeiro-ministro"
O líder do CDS pede que se faça justiça nestas eleições: "Montenegro é mais capaz do que Pedro Nuno Santos e os portugueses têm de fazer essa justiça".
O CDS precisa do PSD e o PSD precisa do CDS. Para Nuno Melo a aliança é boa para ambos os partidos e o CDS não está com isso a perder a identidade.
A convicção do líder do CDS que afirma que o “CDS ajudou a levar o PSD ao Governo”. Sobre a sua liderança do CDS é “até ver”. Nuno Melo determina que será ele a decidir a sua saída e “não quero ser empurrado para ela”.
Marques Mendes ou Paulo Portas? Nuno Melo recusa para já falar sobre as eleições presidenciais. “O CDS a seu tempo decidirá”. Mas então que encontro foi aquele com o Almirante Gouveia e Melo num bar em Lisboa? O líder do CDS explica que se tratou de um encontro normal que em vez de ser feito no Ministério da Defesa, foi num local público. Ainda enquanto Ministro da Defesa, garante que 2% do PIB para a Defesa não vai interferir no Estado Social. Nuno Melo assegura que “em nenhum momento poderão ser postas em causa as prestações sociais”.
O dinheiro, garante, virá do Orçamento do Estado e do investimento na indústria da defesa que significa retorno para a economia nacional. E recusa que investir na Defesa é preterir outras áreas, considera isso uma “ideia totalmente equívoca”. Para o ministro da Defesa está fora de questão reabrir a possibilidade do serviço militar obrigatório. “Por enquanto”, ressalva Nuno Melo ao salientar a imprevisibilidade do atual contexto geopolítico. Para já a obrigatoriedade do Serviço Militar é uma possibilidade posta de lado. No entanto Nuno Melo destaca que “qualquer país que seja lúcido tem que lançar cenários e projetar possibilidades”. Mas garante que o Governo português acredita que em vez disso, a “profissionalização das Forças Armadas é o caminho certo”. O Ministério da Defesa vai aproveitar as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para restaurar edifícios e transformá-los em habitação a custos sociais que podem ser ocupados pelos militares das Forças Armadas.
Uma coisa é Trump, outra coisa são os Estados Unidos. O Ministro da Defesa português diz que não confunde o país com a sua Administração. E, por isso, prefere preservar o aliado, entenda-se os Estados Unidos da América. Entrevista conduzida pela editora de Política da Antena 1, Natália Carvalho.