Nuno Melo apresenta candidatura à liderança do CDS-PP no sábado

por Lusa
José Sena Goulão - Lusa

O eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, vai apresentar a sua candidatura à liderança do partido no sábado na sede centrista, em Lisboa, foi hoje divulgado pela candidatura.

A candidatura de Nuno Melo era esperada, mas ainda não estava definitivamente confirmada, depois de o eurodeputado ter dito na sexta-feira aos jornalistas e perante o Conselho Nacional centrista que seria candidato à liderança "a menos que algo de extraordinário aconteça".

Dois dias após as eleições legislativas em que o CDS-PP perdeu a sua representação parlamentar, Melo já tinha admitido a possibilidade de ser candidato à liderança, se conseguisse garantir "condições institucionais", numa mensagem em que garantia que no que depender de si, "o CDS não acaba aqui".

Na sexta-feira, o Conselho Nacional do partido marcou o Congresso para 02 e 03 de abril, em local ainda a definir.

De acordo com fontes do partido ouvidas pela Lusa, o Conselho Nacional alterou o prazo limite para a entrega de moções globais, que têm de ser apresentadas até 15 de março (e não a 21, como propunha a direção) e subscritas por 300 militantes (em vez de 150).

A eleição dos delegados concelhios e regionais decorre no dia 12 de março de 2022, entre as 16:00 e as 20:00, por escrutínio secreto e em listas plurinominais nas respetivas Assembleias Concelhias, Conselhos ou Comissões Diretivas Regionais, devendo as candidaturas ser apresentadas até dez dias antes do ato eleitoral.

O 29.º Congresso do CDS-PP vai eleger o sucessor de Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu da presidência do partido e não irá recandidatar-se na sequência dos resultados eleitorais nas legislativas de 30 de janeiro.

O CDS-PP obteve 1,6% dos votos e pela primeira vez desde o 25 de Abril de 1974 ficou sem representação parlamentar, depois de na última legislatura ter uma bancada de cinco deputados.

O 29.º congresso do CDS-PP já esteve marcado para 27 e 28 de novembro e seria em Lamego, com uma disputa entre o atual presidente e o eurodeputado Nuno Melo.

No entanto, com o chumbo do Orçamento do Estado e marcação de eleições legislativas antecipadas, a direção propôs (e o Conselho Nacional aprovou) o seu cancelamento e o adiamento para depois das eleições legislativas, contra a vontade de Nuno Melo e dos seus apoiantes, que acusaram a direção de falta de democracia interna e uma "tentativa de golpe de estado institucional".

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