"Não somos eurocéticos, somos UEcéticos"

por Luís Peixoto, Antena1

João Oliveira, cabeça de lista da CDU às europeias, defende que Portugal se deve preparar para uma saída da moeda única e aponta o dedo às restrições orçamentais impostas por Bruxelas pelo atraso no desenvolvimento do país e pelos baixos salários.

O candidato da coligação de comunistas e verdes defende o fim do envio de armas para a Ucrânia e uma solução de paz, impulsionada pela União Europeia, que sente à mesma mesa os dirigentes de Kiev e Moscovo.

Sobre o conflito russo-ucraniano, que tem sido um calcanhar de Aquiles para o PCP, João Oliveira diz que o partido não se arrepende das posições que tomou e considera que as críticas ao posicionamento dos comunistas surgem porque o PCP atribui "responsabilidades" a outros intervenientes como os EUA e a NATO. 

O fim da Aliança Atlântica e de outros blocos político militares faz também parte do programa da CDU, embora João Oliveira defenda que é um caminho que Portugal não pode percorrer sozinho.

Aos 44 anos, João Oliveira, natural de Évora, estreia-se numa corrida ao Parlamento Europeu depois de ter sido eleito deputado para a Assembleia da República, pela primeira vez, em 2006. O cabeça de lista da CDU faz um balanço negativo da presença portuguesa na União Europeia, mas acredita que é possível que comunistas e verdes mantenham os dois eurodeputados nesta eleição, apesar da tendência de queda eleitoral que a CDU tem apresentado ao longo dos últimos atos eleitorais.
PUB