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"Não podemos andar a brincar com a saúde dos portugueses" diz PAN

por Lusa

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, disse hoje que não se pode andar a brincar com a saúde dos portugueses, acusando o Governo de estar a deixar para trás a valorização dos profissionais de saúde.

Aveiro, 31 mai 2024 (Lusa) -

"Não podemos andar a brincar à saúde, nem com a saúde dos portugueses. Temos que garantir que temos efetivamente uma estratégia posta em marcha", disse Inês Sousa Real, à margem de uma ação de campanha do partido para as eleições europeias, que decorreu esta manhã em Aveiro.

Questionada pelos jornalistas quanto à medida anunciada pela ministra da Saúde de criação em Lisboa e no Porto dos primeiros centros clínicos de proximidade, para retirar doentes das urgências, Inês Sousa Real considerou tratar-se de uma medida eleitoralista.

"Precisamos de garantir que temos uma saúde de maior proximidade com o cidadão, mas isso desse ser feito a par e passo, com uma estratégia que estava a ser trabalhada pelos profissionais e pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde e, de alguma maneira, não se coaduna com o estarmos a ter medidas quase que parecem eleitoralistas neste tempo de campanha para o Parlamento Europeu", referiu.

A líder partidária defendeu ainda que o problema do excesso de lotação dos hospitais só será resolvido com algo que está a ser "deixado para trás" pelo Governo que é "a valorização dos profissionais de saúde, dos médicos, dos enfermeiros, dos técnicos auxiliares de saúde e também dos técnicos do diagnóstico e terapêutica".

"Estar a transferir a pressão dos hospitais apenas para os centros de saúde não resolve o problema. Temos que ter profissionais, porque sem profissionais o problema vai continuar a existir", disse referiu.

A porta-voz do PAN considerou ainda que os médicos de família são "uma peça chave" para evitar a pressão nos hospitais, defendendo uma aposta para garantir que os portugueses têm efetivamente médico de família, mas avisou que se não houver valorização, "os concursos vão ficar vazios, as pessoas não vão preencher as vagas e não vamos ter o problema resolvido".

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que conta anunciar em breve os primeiros centros de atendimento clínico, um novo modelo para ajudar a retirar dos hospitais os casos classificados como não urgentes.

A informação foi revelada durante uma entrevista à rádio Renascença e jornal Público, dois dias depois de ter apresentado o Plano de Emergência e Transformação na Saúde.

 

 

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