Montenegro justifica ministros nas listas dizendo que "mobilizou o melhor"

por Lusa
António Cotrim - Lusa

O presidente do PSD defendeu hoje que mobilizou para as próximas legislativas os melhores para explicar o que o Governo fez e pretende continuar a fazer, justificando a inclusão da maioria dos ministros nas litas de candidatos a deputados.

"Mobilizámos para este combate o melhor que temos na nossa estrutura e o melhor que temos na nossa estrutura está muito no nosso Governo. Se há coisa que nós vamos fazer nesta campanha eleitoral é prestar contas do que fizemos e é explicar o que vamos fazer. E nada melhor que os protagonistas que fizeram e que, se espera, continuem a fazer para poder explicar isso às pessoas", defendeu Luís Montenegro na intervenção de abertura no Conselho Nacional do PSD.

Neste discurso aberto à comunicação social, Montenegro fez questão de anunciar um a um os cabeças e lista aos 22 círculos eleitorais, todos recebidos com aplausos, e onde se incluem onze dos 17 ministros do atual executivo PSD/CDS-PP.

"Aquilo que as portuguesas e os portugueses em casa se questionam é: vale a pena mudar de Governo? Para onde? Ou vale a pena reforçar este Governo? Para quê? É isto que um português vai colocar em cima da sua mesa de reflexão", considerou.

Montenegro defendeu que, na campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de 18 de maio, os que defendem a mudança devem explicar em que consiste "e porque é que são mais habilitados a poder promovê-la".

"Aquilo que se espera de nós é que expliquemos às pessoas porque é que reforçando o apoio neste Governo podem esperar ainda melhores resultados do que aqueles que já fomos capazes de apresentar nestes 11 meses", disse.

O presidente do PSD prometeu ir novamente "de terra em terra, de cidadão a cidadão, de debate a debate, de encontro a encontro" explicar os objetivos das políticas do Governo.

"Vamos explicar isso na saúde, na educação, na habitação, na mobilidade, na economia, nas finanças, nos impostos, vamos explicar isso no ambiente, na sustentabilidade, em todas as áreas, na segurança, na imigração", detalhou.

O primeiro-ministro assegurou que o Governo não se vai "isentar de responsabilidade", mas prometeu "uma campanha elevada, mas alegre".

"Uma campanha de quem está sintonizado com o povo português. Uma campanha de quem está conectado com a juventude portuguesa. Uma campanha de quem está ligado com a força de trabalho dos trabalhadores portugueses. Uma campanha de quem está abraçado aos pensionistas e reformados portugueses", disse.

No seu discurso, Montenegro utilizou ainda a expressão Aliança Democrática, que no ano passado designou a coligação com CDS-PP e PPM, sendo que os monárquicos ficarão agora de fora das listas, tendo o secretário-geral do PSD remetido a denominação para os próximos dias.

"Nós vamos com esta Aliança Democrática, nós vamos com o nosso PSD erguer bem alto os nossos valores, erguer bem alto o nosso espírito de missão a Portugal", afirmou Montenegro.

 

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