Lusa
O primeiro-ministro rejeita ter violado "deveres de neutralidade e de isenção" ao fazer um Conselho de Ministros no Mercado do Bolhão, onde entrou ladeado pelo hoje anunciado candidato à Câmara do Porto, Pedro Duarte.
O 'briefing' estava inicialmente previsto ser realizado numa sala, mas passou para o piso das bancas do Mercado do Bolhão, onde o chefe do Governo cessante falou aos jornalistas e se deixou fotografar com a equipa governativa atrás de si.
"As pessoas não vão decidir o seu sentido de voto pelo Governo ter vindo aqui hoje ou não. As pessoas vão decidir o seu sentido de voto por aquilo que acham que é melhor para o país daqui para a frente, e nós sujeitamo-nos a essa avaliação com humildade", considerou.
Luís Montenegro considerou que "a avaliação que se faz disso compete a cada pessoa", e referiu que não veio ao Bolhão "fazer campanha" ou "distribuir materiais de campanha".
"Viemos hoje até ao Porto, como já fomos a outros distritos do país, descentralizando as reuniões do Conselho de Ministros, e descentralizando também alguns eventos importantes na ação do Governo", justificou.
Perante uma pergunta relativa a uma mensagem que circulou entre os militantes do PSD que convidava os apoiantes "a ir cumprimentar" o presidente do PSD, Luís Montenegro disse desconhecer tal mensagem, mas admitiu "que possa haver trabalho político das estruturas partidárias, é normal", e que "com certeza terá justificação".
Após o 'briefing', o Governo seguiu em conjunto, a pé, para um almoço no Café Majestic, na Rua de Santa Catarina.