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Montenegro declara vitória. "É minha expectativa que o PR me possa indigitar para formar Governo"

por RTP

Foto: Pedro Nunes - Reuters

No final de uma noite eleitoral cujos contornos contabilísticos estão ainda por esclarecer, Luís Montenegro declarou vitória e afirmou que face aos resultados, espera que o Presidente da República o indigite para formar Governo. Falando depois de Pedro Nuno Santos ter admitido a grande probabilidade de derrota do PS, o líder da AD aponta o desejo dos portugueses de mudar de política nestas legislativas.

"No nosso entendimento, os portugueses falaram e disseram: em primeiro lugar, queriam mudar de governo; em segundo lugar, que queriam mudar de políticas; em terceiro lugar, querem que os grandes partidos possam apresentar-se de forma renovada e com capacidade de inovar e em quarto lugar disseram que os partidos políticos, nomeadamente os que têm participação parlamentar, devem privilegiar mais o diálogo e a concertação entre líder e entre partidos", declarou.

"Face a isto e face à vitória eleitoral, é minha expectativa fundada que o presidente da República me possa indigitar para formar governo", acrescentou.

Nas respostas aos jornalistas, Luís Montenegro voltou a assumir compromissos enunciados na campanha eleitoral, em particular o “não é não” com que procurou resolver a questão Chega.

"Nunca faria a mim próprio, ao meu partido e à democracia portuguesa tamanha maldade que seria incumprir compromissos que assume de forma tão clara", afirmou.

"O que direi ao senhor Presidente da República é que estamos prontos para iniciar a governação (…) estamos prontos para mudar de governo e de políticas”, avançou o chefe da AD confrontado com o cenário de um Orçamento sem apoio dos socialistas e que tenha de contar com o voto do partido de André Ventura.

“Estamos cientes de que em muitas ocasiões a execução do programa de governo terá de passar pelo diálogo político na Assembleia da República quando isso tiver de acontecer temos a expectativa de que todos os partidos possam assumir a sua responsabilidade, a começar pelo principal partido da oposição”, acrescentou.

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